O dito pastor Silas Malafaia, que exerce o papel de “advogado” em favor dos que usam as milícias digitais e que cometeram o crime de tentativa de golpe militar no Brasil, passou a cobrar da bancada evangélica no Congresso Nacional apoio ao projeto de lei da anistia, que propõe o “perdão” a investigados e condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Um dos principais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Malafaia classificou a defesa da proposta como um “clamor por justiça”. É a primeira vez na história mundial que um líder evangélico se coloca mais preocupado a se colocar defensor de criminosos do que pegar amor, solidariedade e o exemplo de jesus para à sociedade. Silas Malafaia conseguiu dividir os evangélicos entre ódio de esquerda e extrema-direita, que cegam nas defesas de criminosos nas redes sociais, acreditando que Deus é um ser humano que defendia os ricos e o direito de o cidadão desobedecer as leis dos homens, as de Deus e, pior: deixar de pregar respeito e a irmandade.
“A injustiça clama a Deus, e nós, evangélicos, temos um salmo que diz que o trono de Deus é o centro da Justiça. Acredito que entre sete e nove partidos vão pedir urgência na tramitação. Não vai ser molezinha, não”, afirmou o pastor em entrevista ao jornal O Globo.
Segundo ele, a oposição terá dificuldade para barrar o projeto no Legislativo. A estimativa de Malafaia é que 90% da bancada evangélica vote a favor da proposta.
Um levantamento exclusivo feito pelo jornal O Estado de São Paulo mostrou que mais de um terço dos 513 deputados apoiam a anistia aos presos do 8 de janeiro. A pesquisa ouviu 420 deputados, um total de 82% da Câmara. Já são 191 votos a favor da anistia. Esse número é mais do que o suficiente para garantir a apresentação da urgência do projeto de lei no plenário da Casa, ideia apresentada pelo PL, e está a 67 votos de atingir a maioria absoluta da Câmara.
Malafaia também afirmou que a pauta da anistia “furou a bolha de Bolsonaro” principalmente após o voto do ministro do STF Alexandre de Moraes, que condenou a cabeleireira Débora Rodrigues a 14 anos de prisão por depredar a estátua da Justiça com a pichação “Perdeu, mané”. O ministro Flávio Dino acompanhou o voto de Moraes. Na segunda-feira, 24, o ministro Luiz Fux pediu vista e suspendeu o julgamento de Débora. Fux explicou que precisa de mais tempo para analisar a dosimetria da pena e sinalizou que pode sugerir uma redução. O procurador-geral Paulo Gonet defendeu nesta sexta-feira, 28, que o STF coloque a cabeleireira em prisão domiciliar pelo menos até que ela seja julgada.
Após pedido do procurador-geral da República, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos.