As autoridades sanitárias dos Estados Unidos informaram hoje (23) que estão investigando 14 casos de infecção de vírus Zika no país que podem ter sido transmitidos por via sexual. Dois dos casos são de mulheres cuja infecção foi confirmada e que não viajaram para países afetados pela epidemia da doença. O único fator de risco conhecido permanece na transmissão sexual, porque os seus parceiros visitaram as regiões afetadas, explicou, em comunicado, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americano. Os homens estão sendo examinados para determinar se estão infectados pelo vírus.
Em outras quatro mulheres, os resultados preliminares dos testes também confirmaram infecção com o vírus e o CDC aguarda os resultados dos exames feitos em mais oito mulheres. O CDC informou, há algumas semanas, um caso de possível transmissão por via sexual no Texas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que a epidemia poderá afetar entre 3 milhões e 4 milhões de pessoas no continente americano. O Brasil e a Colômbia são os países onde se registram mais casos de infectados e de suspeitos.
A OMS determinou que o surto do vírus Zika constitui uma emergência sanitária de alcance internacional. O vírus é transmitido aos seres humanos pela picada de mosquitos Aedes aegypti infectados e está associado a complicações neurológicas e malformações em fetos. A mesma espécie de inseto também é responsável pela transmissão da dengue e da Chikungunya.