Produtores rurais do distrito de Governador João Durval Carneiro, conhecido como Ipuaçu, na zona rural de Feira de Santana, sofrem os impactos da estiagem que atinge a região. Cisternas vazias, pasto seco e falta de alimentos para os animais são reflexos da escassez prolongada, classificada pela Defesa Civil do município como desastre de nível 2.
Em outubro de 2024, a Prefeitura de Feira de Santana decretou situação de emergência nas áreas afetadas pela estiagem. A validade do documento é de 180 dias e vence em abril deste ano. Mesmo depois da medida, os produtores rurais dizem que não receberam assistência. “Infelizmente, nada chegou para solucionar este momento difícil que estamos enfrentando. Nem para o produtor, nem para os animais”, disse a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Adriana Nascimento, em entrevista a TV Subaé, afiliada da TV Bahia na região.
Sem chuvas na região há meses, a safra plantada pela agricultora Antônia Oliveira, que mora na comunidade Caroá, foi perdida.”Não teve milho, feijão, batata… Perdi a safra. O prejuízo é grande”, contou. Além das perdas no plantio, animais também morreram por falta de água e comida. No final de janeiro, a agricultora Joana Pereira perdeu três vacas e um cavalo.
“Seca demais, comida faltou. A gente cuidou, cortou mandacaru, mas não teve jeito, eles ficaram fracos e morreram”, lamentou. Para contribuir com o abastecimento de água, a Secretaria Municipal de Agricultura de Feira de Santana informou que em operado com 300 caminhões-pipas em 18 distritos. Além disso, firmou uma parceria com a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) para garantir o fornecimento nos poços artesianos e barragens.
Quanto às sementes, a gestão municipal afirmou que vai abrir uma licitação para a compra e a previsão é que em março sejam distribuídas para os agricultores, que também estão sendo orientados a solicitar o Seguro Safra, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). G1/Bahia.