Itiruçu Online – Aqui Bahia Jornalismo de Qualidade e Responsabilidade Social

Embasa volta a fornecer água suja a consumidores de Itiruçu e Lajedo do Tabocal; Vigilâncias Sanitárias são inoperantes ao assunto

Parece brincadeira com os consumidores da Empresa Baiana de Água e Saneamento, mas não é. Mais uma vez a empresa voltou a fornecer água fora dos padrões   aos consumidores dos municípios de Itiruçu e Lajedo do Tabocal, que não possuem uma política de fiscalização por suas Vigilâncias Sanitárias quanto a qualidade da água fornecida no que refere-se as  análises detalhadas da água que chega ao consumidor.

As análises feitas pelos municípios não podem ser encaminhadas ao mesmo laboratório da Embasa, pois é necessário que sejam realizadas com autonomia de resultados e, desta forma, cobrar da empresa mais responsabilidade quando a qualidade da água vendida à população.

A questão é que não ocorreu os problemas apenas uma vez, são situações correntes oriundas do mesmo sistema, que funciona com filtros russos antigos, porém, recém reformados, mas que se mostram sem muita eficiência  para  tratar a água que recebe do Manancial de Água Bruta e de seus poços tubulares, especialmente no período de fortes chuvas, quando a Barragem recebe grande quantidade de água das enxurradas, alterando exageradamente seus padrões.

Em todos os episódios de fornecimento de água fora dos padrões, os dois municípios, Itiruçu e Lajedo do Tabocal, apenas aceitam notas técnicas informando descargas nas redes de distribuição e dos reservatórios dos Bairros atingidos pelo fornecimento da água suja, o que é insuficiente para sanar os problemas, pois logo depois são recorrentes.  Os graves problemas apresentados nas estações de tratamento de água em Itiruçu e demais cidades regionais, são decorrentes da ingerência regional chefiada por Cesar Mellhem, que há anos comanda o escritório regional de Jequié. Itiruçu, Maracás, Irajuba e Lajedo do Tabocal viveram rigorosas crises em seus sistemas de abastecimento, tendo seus mananciais secados por diversas vezes, mesmo assim não tiveram atenção da empresa para que houvesse uma limpeza a fim de melhorar o acúmulo de água nos reservatórios. Em Lajedo do Tabocal até iniciou em 2017, mas parou depois que voltou a chover.

Por exemplo, o sistema de Lajedo do Tabocal esperou por obras de melhorias na adutora de água Bruta e da Estação de Tratamento, ficando anos na fila de espera, sendo reformados apenas os filtros, mas outros problemas são constantes na adutora do município de Itiruçu, que sempre apresenta vazamentos e prejudica o abastecimento.

Existe na Estação de Tratamento dois Dessalinizadores, equipamentos que deveriam ser utilizados para constituir num aliado e obter água potável a partir de água salobra, pois além de retirar o sal, purifica a água, filtrando bactérias e vírus. Dificilmente estão em funcionamento e são adaptados tanques que não permitem o uso adequado por falta de vazão, funcionando por muito tempo apenas 01 de forma controlada por hora, ficando o outro parado por falta de manutenção.

Na nota técnica assinada pelo gerente regional, Cesar Mellhem, são relatados problemas na oxidação dos filtros russos, que foram reformados há 02 anos, mas não estão sendo eficientes no tratamento, sendo necessário testar novos produtos e aumentar a presença do Cloro, mesmo assim, não sendo solucionado o tratamento, fazendo com que fosse bombeada para as cidades água fora dos padrões, o que chamou de água escura em sua nota técnica.

Durante a última semana, diante inúmeras reclamações de seus consumidores, o escritório local de Itiruçu foi orientado e efetuar descargas nos reservatórios para eliminar a água suja que estava sendo levada aos reservatórios nas residências em Itiruçu.

É preciso que o consumidor tenha atenção na água que compra, e sempre que necessário, acione a Vigilância Sanitária e assim fazer denúncias coletivas quanto ao fornecimento de água suja em seus reservatórios. O município precisa assumir o papel de órgão fiscalizador de proteção a seus munícipes, especialmente nas questões de saúde pública.

Abaixo clique e confira o que justificou a Embasa em mais notas técnicas:

NOTA-TECNICA  e NOTA-ESCLARECIMENTO