O locutor Joselito Fróes, Itiruçuense que reside há vários anos na cidade de Santo Antonio de Jesus, mas que sempre retorna a sua cidade natal para rever familiares, amigos e participa da maioria das datas festivas na cidade, a exemplo do São Pedro, curtido todos os anos pelo radialista. Na última noite do São Pedro, no domingo (30), o radialista foi entrevistado pelo Itiruçu Online e comentou sobre a escolha da música tema do São João de Santo Antonio de Jesus, de sua autoria. “Tive a honra de com a parceria de meu amigo Ednaldo Silva, participar do festival de música junina em Santo Antonio de Jesus, tendo sido a música ‘Minha Cidade’ campeã. Seria bom se Itiruçu implantasse isso, porque incentiva à cultura. Tínhamos aqui, em Itiruçu, eventos culturais que foram deixados para trás e com ações assim (referência ao concurso e música de Santo Antonio) acaba-se resgatando. Itiruçu tem valores culturais muito grades e a gente precisam valorizar os artistas da casa”, disse.
A voz do locutor era, em outros tempos, uma das atrações do São Pedro de Itiruçu, quando a festa começou atingir o auge maior de atrações nacionais. Com o passar dos anos os festejos foram ganhando conotações regionais, em vista do curto orçamento e da falta de grandes patrocinadores, tendo o governo do estado como principal financiador. Joselito comentou a escolha de Itiruçu para curtir o São Pedro todos os anos e, ainda, sobre o formato da festa popular tradicional da cidade. “Em épocas diferentes se podia gastar mais com festas. Passamos por uma crise muito grande no país e o que as prefeituras estão fazendo? Reduzindo gastos. Antes, eram duplas sertanejas, bandas a nível nacional, mas reduzindo custos, os municípios conseguem fechar as grades com atrações não tão famosas, mas conseguem realizar a festa. Acredito que o importante é manter a festa, independentemente de ter atrações a nível nacional. Podem trabalhar com as pratas da casa, pois a festa deve continuar. Tenho raízes aqui, o São Pedro de Itiruçu é um dos melhores da Bahia, onde sempre encontramos e reencontramos amigos. É sempre bom está nesta terra onde o frio sempre aconchega quem chega”, salientou.
O município de Itiruçu promoveu um concurso do Hino Municipal, que a prefeitura não deu continuidade ao processo, já com a letra vencedora. Concorrente no processo, Fróes sempre cobra do município através de suas crônicas sobre o assunto, que não tem ganhado a importância do poder executivo na oficialização da letra vencedora, desde que fora eleita pela então comissão, em 2015. “Houve um concurso, alguém ganhou e já se têm a letra, agora é procurar um músico e executar, colocar em evidência em datas cívicas do município, mas é preciso que alguém tome a iniciativa o mais rápido possível, pois foi criado, registrado e houve um vencedor. Itiruçu já têm o hino, agora vamos gravar”, cobrou.
“Êta lê lê” é uma crônica usada pelo radialista nas redes sociais da cidade, que ganhou força entre os anos de 2014 a 2016, que acabou sendo mais popularizado por gerar polêmicas sobre assuntos locais e regionais, mas ficou um longo período sem atualizar conteúdos. Joselito explicou o motivo de ter ficado um tempo inativo. “Dei uma parada porque estava muito atarefado. Tinha uma preocupação muito grande em ter que fazer o Êta lê lê. As pessoas ligavam a perguntavam, mas tinha outras tarefas lá em Santo Antonio de Jesus, então, resolvi dar um tempo para voltar com o Êta lê lê. É interessante que, mesmo lá em Santo Antonio, o pessoal liga avisando os acontecimentos e, para fazer isso, tenho primeiro que saber da fonte, checar com dois. Três… e, importante, eu não afirmo, sempre pergunto e deixo que o consenso critico dos que estão nos grupos participem e questionem, procurando saber também o que está acontecendo. Quanto a política de Itiruçu, seja quem for o gestor, é preciso que trabalhem pelo desenvolvimento do município e pense na população, não pense em grupos políticos, mas no todo, e que assim pensem o que podem fazer por Itiruçu”, comentou.
Na última eleição o locutor concorreu a uma vaga no Legislativo de Santo Antonio, experiencia que diz não ter gostado, afirmando não haver possibilidade de voltar a ter o nome à disposição concorrendo a cargo de vereador. “Não. Passei pela experiência e confesso que não foi muito boa. Não gostei e hoje a família não quer mais que entre na disputa, pois viram que não é tão fácil assim. Acreditamos demais, confiamos demais e não temos essa reciprocidade”, declarou.
Questionado se um dia pensa em voltar a morar em sua terra natal, Itiruçu Fróes fio incisivo e disse: “Penso sim. Aonde quer que esteja qualquer filho de Itiruçu ou qualquer outra cidade, ele pensa em ir para China, mas estará sempre com sua cidade e sua terra no coração e pensa em voltar”, concluiu.