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Educação profissional oferece oportunidade a 85 mil jovens e adultos

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Oitenta e cinco mil baianos – entre adolescentes que estão cursando o Ensino Médio e jovens e adultos que tenham ou não concluído os estudos na rede pública – fizeram a opção de se profissionalizar por meio da Educação Profissional, oferecida pelo Governo do Estado, no ano letivo de 2016. São mais de 70 opções de cursos distribuídos em diferentes eixos tecnológicos nos 27 Territórios de Identidade da Bahia. Os números fazem da Bahia a segunda maior rede estadual de ensino profissional do País.
A rede atende diretamente 121 municípios, mas chega a atingir até 200 cidades que são próximas geograficamente e também usufruem da estrutura de ensino. Segundo a diretora da Superintendência de Educação Profissional (Suprof), Cristina Kavalkievicz, um dos objetivos do Governo do Estado é ampliar a oferta de ensino integral, já presente em 25 centros de educação na capital e no interior, e preparar os jovens em menos tempo para o mundo do trabalho.
“Não falamos em ‘mercado de trabalho’ porque esse é uma parte importante do ‘mundo do trabalho’, mas não é tudo. Ao invés de estabelecermos uma relação direta com a questão da empregabilidade, oferecemos também a oportunidade da autonomia com esse tipo de formação. Isso porque um técnico de nível médio, além de representar, diante de empresas e empregadores, um currículo melhor, um diferencial diante dos jovens e adultos com educação básica, eles também pode, em determinadas áreas de atuação, ser autônomo, pode montar seu próprio negócio, oferecer o serviço, como na área de informática”, explicou a diretora da Suprof.

Opções para todas as idades e escolaridades 
Os cursos são distribuídos em 12 eixos: Ambiente e Saúde; Segurança; Desenvolvimento Educacional e Social; Controle e Processos Industriais; Gestão e Negócios; Turismo, Hospitalidade e Lazer; Infraestrutura; Produção Alimentícia; Produção Industrial; e Recursos Naturais. As formações em Enfermagem, Informática, Administração e Agroecologia estão entre as opções mais procuradas.
Para os adolescentes que escolhem fazer a educação básica junto com o curso técnico, há a Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio (EPI), com duração de 4 anos. Já os jovens e adultos que interromperam os estudos da rede pública e decidiram voltar à escola podem optar pela Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio para Jovens e Adultos (Proeja Médio), com cursos que duram dois anos e meio. Além disso, para quem já concluiu os estudos da base curricular nacional e quer voltar à escola para realizar a formação profissional, há o programa Médio Subsequente (Prosub), com duração de dois anos.
Formação diferenciada
No Centro Estadual de Educação Profissional Navarro de Brito, no bairro da Lapinha, em Salvador, todos os cerca de 1.200 alunos participam do currículo de formação de nível técnico nos três turnos. Nas modalidades de EPI, Prosub e Proeja, os estudantes podem optar pelos cursos profissionalizantes em turismo, contabilidade, recursos humanos, administração e logística.
A unidade também é a única instituição de ensino da capital a ofertar o curso de transações mobiliárias. Para a diretora do centro, Udnéa Braga, participar da profissionalização dentro da escola é uma oportunidade não apenas para o mundo do trabalho, mas para a vida.
“Esse tipo de formação é extremamente importante, principalmente para o jovem, porque o trabalho é só uma parte da formação e eles têm a oportunidade de começar, enquanto ainda estudam, com os estágios. Com essas experiências, eles desenvolvem uma maturidade muito grande, são mais preparados do que aqueles que concluíram o Ensino Médio regular e que retornam para fazer o profissionalizante. Eles são diferentes até para questionar os professores, para sugerir metodologias”, contou a diretora.
Aos 18 anos, Ricardo Cabral cursa o EPI de logística no Navarro de Brito e já sonha com passos maiores quando concluir o curso. “Já saímos da escola com ‘algo a mais’ do que o currículo regular de Ensino Médio, com um curso que já abre muitas outras portas e aumentam as possibilidades de escolha. Eu já penso em cursar Relações Internacionais na universidade porque tem tudo a ver com logística, que é uma área com a qual eu me identifiquei muito e desejo trabalhar”, explicou o estudante.

Repórter: Anna Larissa Falcão