Diante do cenário de incerteza, muitos empresários estão revendo suas práticas em relação a investimentos e créditos, com a recessão na economia, as pessoas possuem a necessidade da compra, mas estão cada vez mais afundadas em dívidas. Depois das concessionárias de veículos, as lojas de eletrodomésticos e móveis são as que levam o pior desempenho. A compra de eletroeletrônicos e móveis não é por impulso. A crise de confiança do consumidor e o medo de desemprego afastam a clientela.
O empresário Heron Castro, 48 anos, dono da rede de Lojas de Eletromóveis, Dakastro, em 06 cidades na região, convive diariamente com os efeitos da crise econômica. Ele conta que não é fácil administrar lojas na crise, mas afirma que é no momento de crise que as pessoas acabam crescendo se vencer as dificuldades. “Os últimos anos tem sido terrível, as vendas reduziram e isso nos obriga a uma inovação na forma de chegar aos clientes e estimular a organização financeira. Às vezes o empresário toma atitudes que dão certas e outras acabam sendo frutadas. Graça a Deus nossa rede de Loja Dakastro só cresceu nesse período de crise dentro de nossas expectativas e pela forma diferente de enfrentar os problemas. É na dificuldade que conhecemos o potencial de gestão das pessoas, se elas acertam nas decisões, irão colher resultados positivos”, disse.
Itiruçu, Lajedo do Tabocal, Maracás, Planaltino, Brejões e Nova Itarana são municípios que o empresário possui Lojas de Eletromóveis, a rede Dakastro. Em todos os municípios há uma ampla reclamação com a crise no setor público, o que também colabora para uma redução da economia. As constantes negativas dos poderes públicos com os chamados “Patrocínios” a eventos sociais e, diariamente, das escolas, são os comércios que dão apoio e fazem tais movimentos acontecerem, há anos. Em Itiruçu, por exemplo, no último dia das crianças, um evento realizado no distrito de Upabuçu teve apoio do empresário Heron Castro, que, além desse, lidera os apoios a eventos culturais em toda região, mas não tem feito marketing sobre as doações.
Sondado para compor formação de chapas majoritárias nas últimas eleições, apensar de participar do processo eleitoral, Heron preferiu ficar fora de concorrer a cargos eletivos, embora tenha participado do processo eleitoral sem alarde aos candidatos. Para o Itiruçu Online, o empresário disse que a política precisa ser revista a forma como os candidatos estão ganhando as eleições, para ele (Heron), vendendo ilusões aos eleitores. “Nós conhecemos a situação dos municípios por ficarmos diariamente recebendo pedido e ajudando as pessoas com patrocínio aqui e ali. A visão de um empresário na política assusta o eleitor, pois ele sabe como arrumar o sistema e fazer funcionar, o problema é fazer com que o povo entenda uma campanha com falácias possíveis e realizáveis para depois não culpar os candidatos de prometer e não cumprir. A solução para política começa por ai. É preciso fazer uma campanha com objetivos e sem ratear a prefeitura antes de ganhar. Fui convidado algumas vezes para concorrer a cargos em Itiruçu, mas as formações dos grupos sempre levaram a uma linha de já estarem tudo pronto antes de ganhar e, sinceramente, ser apenas mais um ganhando dinheiro público não á bom para quem trabalhou como diarista, cabelereiro e hoje, com todo modéstia, ser dono da maior rede de lojas da região. Tudo que construir foi com uma visão de investimento com total planejamento. Somos hoje responsáveis por manter mais de 40 pais e mães de familiais empregados. A política é boa, ela bem usada pode ajudar muita gente, mas antes precisa ter foco nas pessoas, no coletivo da sociedade. Se for para ajudar e dá uma parcela de contribuição, reconhecendo a história dos que já contribuíram, é importante estar na política, caso contrário, todos que forem eleitos não irão governar para sociedade e sim para pequenos grupos”, disse Heron.