Após muita pressão, o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) realizou pronunciamento na tarde desta quarta-feira (8) e defendeu o fim daquilo que chamou “looping negativo” do Brasil. “É hora de dar um basta a essa escalada em um looping negativo e colocar um fim em bravatas de redes sociais e também sair do palanque”, pois, para Lira, o presidente está em campanha política desde 2018.
“Não posso admitir questionamentos sobre decisões tomadas e superadas, como o voto impresso. Uma vez decidido, é página virada”, disse Lira. Descartando qualquer possibilidade de abrir um processo de impeachment, Arthur Lira afirmou que será a partir do sigilo do voto que o povo brasileiro vai escolher, em 2022, qual caminho seguir.
Ainda que tenha adotado um tom conciliatório, o presidente da Câmara afirmou que está aberto a conversar com os líderes da Casa e discutir possíveis punições aos envolvidos, mas não disse que tipo de punição. “O único compromisso inadiável e inquestionável está marcado para 3 de outubro de 2022, com as urnas eletrônicas. São as cabines eleitorais, com sigilo e segurança, em que o povo expressa sua soberania. Que até lá tenhamos todos serenidade e respeito às leis”, afirmou Lira.
Sobre os ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e, especificamente contra o ministro Alexandre Moraes, Lira não tocou no assunto e pediu que os poderes busquem o diálogo para se entenderem.
“Conversarei com todos, e com todos os poderes. É hora de um basta a essa escalada em um infinito looping negativo. Bravatas em redes sociais, vídeos e um eterno palanque deixaram de ser um elemento virtual e passaram a impactar o dia a dia do Brasil de verdade”, disse o presidente da Câmara.