Em 2021, ano em que a econômica baiana começa a se reaquecer pós impactos da pandemia do corona vírus, o Produto Interno Bruto (PIB) do estado alcançou R$ 352,62 bilhões, crescimento de 3,0% em relação a 2020. Entre os componentes do PIB pela ótica da produção, o valor adicionado bruto correspondeu a 87,2% em 2021, enquanto os 12,8% foram relativos aos impostos sobre produtos.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), calculados e divulgados com a parceria da equipe de Contas Regionais e Municipais da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), e apontam manutenção dos dez maiores municípios baianos no ranking, sendo que Vitória da Conquista perdeu uma posição, para Luís Eduardo Magalhães, e Simões Filho perdeu para Candeias. As dez primeiras posições incluem Salvador (R$ 62,9 bilhões), Camaçari (R$ 33,9 bilhões), Feira de Santana (R$ 17,2 bilhões), São Francisco do Conde (R$ 13,0 bilhões), Luís Eduardo Magalhães (R$ 8,8 bilhões), Vitória da Conquista (R$ 8,2 bilhões), Lauro de Freitas (R$ 7,3 bilhões), Barreiras (R$ 7,0 bilhões), Candeias (R$ 6,8 bilhões) e Simões Filho (R$ 6,3 bilhões).
Do total de 1.794 municípios do nordeste, observa-se que 50% da riqueza gerada na região concentra-se em apenas 37 municípios; desses, 11 estão situados na Bahia (os dez citados no ranking acima mais São Desidério). E dentre os dez municípios que mais cresceram sua participação no Nordeste, dois são municípios baianos, Cairu e Teodoro Sampaio, ocupando o terceiro e oitavo lugar, respectivamente, no ranking da variação nominal.
Vale ressaltar que Salvador, apesar do avanço nominal de 6,9% entre 2020 e 2021, caiu duas posições, de 12º para 14º maior do Brasil, pois municípios produtores de petróleo foram beneficiados pelo fator preço, que no ano de 2021 estava em alta.
Os resultados de 2021 mostram o setor industrial com importante contribuição para a expansão da participação das economias municipais no estado, a exemplo de Camaçari, Candeias, Cairú e Simões Filho, os quais foram favorecidos pelos segmentos químico, refino e extrativa mineral. O setor agropecuário também se destacou em função da boa produtividade de algumas culturas – soja, milho e algodão –, impulsionando, sobretudo, a economia de municípios da região oeste: São Desiderio, Formosa do Rio Preto, Luís Eduardo Magalhães, Barreiras, dentre outros.
O setor industrial e a agropecuária apresentaram ganho de participação no PIB baiano, passando, de 22,2% para 24,9% em 2021, e agropecuária de 10,4% para 11,1% em 2021.
Dentre as economias que apresentaram maiores evoluções na participação no PIB do estado em 2021, destacam-se os municípios de Cairú, favorecido pelo crescimento na produção de gás; Teodoro Sampaio, com incremento decorrente da expansão no segmento de saúde privada; Mulungu do Morro, Campo Formoso, Sento Sé e Umburanas, em decorrência do bom desempenho da atividade de geração de energia elétrica por fonte eólica; Uibaí com incremento observado na construção civil; Jaguarari, com expansão na atividade da extração de minérios metálicos; Maiquinique que se destacou pelo crescimento na atividade comercial; e Pojuca, com expansão na produção de petróleo.
Além dos municípios que mais se expandiram em 2021, Camaçari se posicionou como maior Valor Adicionado do setor industrial na região Nordeste e décima quinta no ranking nacional; São Francisco do Conde, como maior PIB per capita da Bahia e do Nordeste, e décimo oitavo no ranking nacional; e Salvador que manteve a posição de segunda maior economia da região Nordeste.
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