Dois doidinhos de minha infância: MARIA DOIDINHA e MATIAS. Fiquei muito feliz ao reencontrá-los, depois de tanto tempo, mesmo que tenha sido através de fotos. Eles estão presentes na ITIRUÇU de minha infância, onde minha alma brincava enquanto se formava, como estão presentes as ruas por onde passei, os colégios, onde fui iniciado nas letras, a igreja, onde pedia perdão e pagava penitências por pecados não cometidos, no campo de futebol, onde via o Cruzeiro jogando e tinha absoluta certeza que estava diante do MELHOR time de futebol do mundo, o mercado municipal, onde trabalhava o meu pai, a praça/jardim, ponto de encontro para as paqueras ao entardecer, a rua do Estica – lugar dos “amores proibidos”-, onde a minha imaginação chegava, antes mesmo que o meu corpo pudesse acompanhá-la…. todos os cantos por onde passava, lá estavam essas duas belas almas, sempre calados, habitando seus mundos particulares, a nos olhar, como se quisessem nos dizer: vocês olham para mim e me veem como um louco, eu olho para vocês e os vejo como loucos. Qual de nós é verdadeiramente o louco?!!!!! Olhe com mais cuidado para você e, com certeza, encontrará um pouco de mim nos caminhos de tua alma…. E não é que eles estavam certos!!!!!!! O que seria de nós sem os nossos loucos!!!!!!!
(Se me apetece rir de um louco, não preciso ir procurar muito longe; rio de mim mesmo – Séneca).
Escrito pelo Itiruçuense, Prof. Dr. Joceval Bitencourt.