A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta sexta-feira (2), no Palácio do Planalto, a reforma ministerial. Dilma destacou que está dando um “primeiro e grande passo” para a reorganização do Executivo, com a redução de oito ministérios. A presidente anunciou também que 30 secretarias serão extintas em vários ministérios e serão reduzidos 30% nos gastos de custeio. Três mil cargos comissionados serão cortados.
Além disso, a presidente anunciou que haverá um corte de 10% na remuneração de ministros, e serão revistos contratos de prestação de serviço, buscando tornar o governo mais eficiente.
Os novos ministros são os seguintes: Casa Civil, Jaques Wagner (PT); Ciência e Tecnologia, Celso Pansera (PMDB); Comunicações, André Figueiredo (PDT); Defesa, Aldo Rebelo (PCdoB); Educação, Aloizio Mercadante (PT); Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes (sem partido); Portos, Helder Barbalho (PMDB); Saúde, Marcelo Castro (PMDB); Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini (PT); Trabalho e Previdência, Miguel Rossetto (PT).
Redução nos custos
A presidente destacou que as medidas de redução de gastos são “temporárias”, diante da crise econômica. “Nós estamos num momento de transição de um ciclo para um outro ciclo, de expansão, que vai ser profundo, sólido e durador. Quero dizer que, apesar de termos feito profundos cortes no Orçamento, fizemos cortes significativos nas despesas, quero dizer que continuamos implementando políticas fundamentais para nossa população”, disse.
Com as mudanças, 0 PMDB aumentou de seis para sete pastas sua participação nos ministérios. O PT segue com nove, o PTB tem duas, e PSD, PDT, PCdoB, PRB e PP, uma cada um. Do total de ministros, oitos não são filiados a partidos.
Dilma destacou em seu discurso que todas as ações desenvolvidas buscaram construir um Estado mais ágil. “Queria dizer aos senhores que todos os países, todas as nações que atingiram desenvolvimento construíram estados modernos. Esses estados modernos eram ágeis, eficientes, baseados no profissionalismo, na meritocracia e adequados ao processo de desenvolvimento que cada país estava criando. Nós também temos que ter esse objetivo”, disse.
A presidente destacou que integrou o Ministério da Pesca ao da Agricultura. “Vamos também extinguir a Secretaria de Assuntos Estratégicos e as atribuições que remanescerem serão integradas ao Ministério do Planejamento. A Secretaria-Geral será extinta e transformada em Secretaria de Governo. O Gabinete de Segurança Institucional manteremos em gabinete militar ligado diretamente à Presidência da República. Também integrará a Secretaria de Governo a Secretaria de Micro e Pequena Empresa e Secretaria de Relações Institucionais”, disse.
A presidente afirmou ainda: “Não estamos parados. Sabemos que existem dificuldades econômicas que devem ser superadas. Sabemos que, se erramos, precisamos consertar os erros. Se acertamos, precisamos continuar os acertos e seguir em frente.”