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De volta a Ubaitaba, mãe de Isaquias “se esconde” e vai ganhar casa nova

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Dona Dilma está de volta à vida pacata. Ao menos tenta retornar à normalidade. Depois de semanas intensas no Rio de Janeiro, a mãe de Isaquias Queiroz está novamente em Ubaitaba. Deixou a suíte de um hotel na Zona Sul da Cidade Maravilhosa e repousa na casinha de três cômodos no alto do morro da “ruinha”. A tranquilidade, porém, segue distante. Tão famosa quanto o medalhista, ela teve que se esconder dentro do carro ao chegar no município. Quem foi até o comércio foi a filha. Se aparecesse, Dilma garante que seria impossível transitar, tamanha empolgação do povo.

– Cheguei na cidade, vi muita faixa com o nome dele. Quase chorei. Na rádio, todo mundo falando nele, na família Queiroz. A emoção é muito grande. Agora à noite, quis sair para comprar um remédio, mas a minha filha não deixou. Eu fui no carro, me escondi no carro com o ar condicionado ligado e ela saiu. Se eu saio, não consigo voltar para casa. Todos os vizinhos vieram me ver, vieram perguntar do Isaquias. Foi difícil sair na rua. Mas não adianta ficar escondida, a vida mudou agora – brincou a Dona Dilma.

DO RIO ATÉ UBAITABA DE CARRO

Um dia depois de Isaquias ganhar a terceira medalha, ela, a filha e o genro pegaram a estrada. Viajaram por 1.318km do Rio de Janeiro até Ubaitaba. Trouxeram o carro novo de Isaquias e as malas. Na primeira “perna” do trajeto, foram até Itamaraju, onde pernoitaram. Depois, seguiram direto para Ubaitaba. Nessa correria, Dilma lamenta não ter visto o filho com a bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento.

– Eu não consegui ver o Isaquias. Só fiquei sabendo que tinha muita gente querendo ver ele e tirar foto. Ainda tentamos ligar a televisão no carro, mas não. Eu também nem consegui falar com ele depois disso. A vida do Isaquias está muito corrida agora – disse a mãe, que já prepara o “jaba”, a carne seca, para recebê-lo no fim da semana.

No caminho de volta para casa, a mãe do canoísta ficou recordando de tudo que passou. Ela prefere a vida quietinha em Ubaitaba, mas está disposta a mudar isso por conta das novas competições. Antes, nunca havia acompanhado Isaquias ao vivo, e agora não quer mais deixar de vê-lo em ação.

– Agora acabou a vida pacata. É correria atrás do Isaquias. Eu prefiro aqui, quietinha, mas não dá mais. Se não fosse ele, eu estava aqui, mas para onde ele for eu continuo também. Vamos para frente. Ele rema há muito tempo, mas eu nunca tinha acompanhado de perto. Foi uma emoção muito grande – conta a baiana. Leia mais