Prefeitos, vereadores e secretários das regiões do Médio Rio de Contas e do Vale do Jiquiriçá estão na luta pela criação do Consórcio de Saúde da macrorregião de Jequié. Os municípios devem votar a regulamentação nas suas Câmaras Legislativas e em seguida partir para a criação.
A proposta visa a regionalizar o oferecimento de serviços de saúde na região a partir do reequilíbrio financeiro dos municípios e com a ampliação e descentralização desses serviços. Durante visita ao município de Maracás, na manhã desta sexta-feira (24), onde inaugurou obras ao lado do prefeito Paulo dos Anjos e prefeitos da região, o governador Rui Costa afirmou que deseja assinar a intenção do Consórcio de Saúde em um dos municípios das regiões que compõe os dois territórios.
““Eu lancei o desafio aos prefeitos. Queria ver quem faria o primeiro consórcio e hoje recebi a boa noticia. Volto à região em breve para formalizar a criação”. Os Consórcios de Saúde vão ser criados em toda a Bahia, como forma de regionalizar o atendimento e a realização de exames médicos”.
O Consórcio de Saúde passaria a oferecer vantagens como a redução de custos operacionais com transporte de pacientes, captação de mais recursos públicos, aprimoramento da escala de trabalho dos profissionais ao possibilitar o compartilhamento de médicos e especialistas, flexibilizando os regimes de contratação.
O consórcio será responsável pela gestão regionalizada de serviços, como unidades de pronto atendimento, laboratórios regionais e, eventualmente, o SAMU 192 e hospitais municipais e filantrópicos. A meta é construir 28 policlínicas com 32 especialidades e adquirir equipamentos como tomógrafos, ressonância magnética, para rastreamento de câncer de mama, e vários outros.
A criação do consórcio evitaria o deslocamento de pacientes que necessitam viajar até 800 quilômetros para chegar à capital do estado para fazer seus exames.
A expectativa do governo do estado é iniciar as obras de dez policlínicas nos polos regionais ainda este ano. A proposta é que o estado seja o responsável pela construção e aquisição dos equipamentos das unidades, além de financiar até 40% da manutenção. Os municípios custeariam o restante. O investimento estimado em cada policlínica é de R$ 12 milhões (para construção e aquisição de equipamentos). Para a manutenção, o custo deve girar em torno de R$ 700 mil por mês.
Além da maior eficiência no atendimento e qualidade dos serviços de saúde, o rateio dos 60% restantes entre os municípios de cada consórcio na manutenção das unidades visa a garantir redução nos custos com o atendimento médico à população.