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COVID-19: Prefeita relata impossibilidade de realizar o São Pedro de Itiruçu

Prefeita relata dificuldades no sistema público em realizar festas, e que o objetivo é cuidar das pessoas neste momento.

As perdas de arrecadação dos governos federal, estadual e municipal, como consequência da crise econômica gerada pelo avanço do novo coronavírus, e a queda de repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), inviabilizarão o São João 2020 da Bahia, afirmou a União das Prefeituras da Bahia (UPB).

A situação já foi adiantada por alguns prefeitos do Vale Jiquiriçá, que não enxergam viabilidades financeiras para custear  com os custos de suas festas. São os casos do prefeito de Jaguaquara, Juliano Martinelli e da prefeita de Itiruçu, Lorenna Di Gregorio.

Em Itiruçu, a prefeita comentou o assunto durante o programa de Rádio quando questionada por ouvintes, tendo uma posição clara  de que o momento econômico não será bom nos próximos três meses, considerando muito difícil a realização do evento pelo município. Ou seja, pelo sistema público, o São Pedro 2020 não acontecerá.  Na cidade, outra festa popular é o Forró Coffe, que também deve seguir a orientação do município, caso a pandemia do COVID-19 avance como os  dados apresentados em  casos e no período, sem previsão  exata de findar os efeitos. Sobre o Forró Coffe, a prefeita afirmou que, caso ainda exista as proibições sanitárias no estado e no município, não haverá festa.

O prefeito de Jaguaquara, Juliano Martinelli, confirma a mesma teoria orientada pela União dos Municípios da Bahia, e praticamente insere certeza na impossibilidade de realizar o São João.

Outros municípios preferem cautela, mas diante a crise que se anuncia, no sistema de saúde e financeiro, não terão saída, tendo em tese seus financiadores das festas públicas e o setor privando assolado na crise econômica que se avizinha.

As prefeituras de outros dois municípios já  avisaram o cancelamento do festejo junino: Conceição do Almeida, no Recôncavo da Bahia, e Vitória da Conquista, no sudoeste do estado. Nenhuma delas registrou casos confirmados da Codiv-19.

“O certo é que a queda vai ser grande”, declarou o presidente da UPB, Eures Ribeiro. “Estamos fazendo estudos na UPB para verificar melhor de quanto será o prejuízo, não só com relação ao repasse do FPM, mas também com outros impostos que deixarão de ser arrecadados nesse período em que estivermos enfrentando esse vírus. Imagine quanto as prefeituras deixarão de arrecadar de ISS (impostos sobre serviços), por exemplo”.

Segundo relatório do Observatório de Informações Municipais, que realiza estudos sobre a realidade municipal no Brasil, para março, em toda a Bahia, estava previsto repasse de FMP de R$ 527.170.869; em abril o valor seria de R$ 616.789.917; e em maio de R$ 789.491.094. As estimativas já deduzem os recursos destinados ao Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb).