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Conheça a primeira mulher a coordenar o DHPP

Até chegar ao DHPP, a delegada ganhou diversas experiências, com a lotação nas 1ª, 5ª, 10ª e 15ª Coordenadorias Regionais de Polícia do Interior (Coorpins), entre outras unidades. Quando retornou à capital, Andréa passou a se dedicar à elucidação de homicídios. “É uma coisa que eu gosto de fazer. Apurar, investigar, dar uma resposta rápida à situação. Percebi isso ainda na antiga Delegacia de Homicídios (DH) nos Barris”. Ela diz que teve a oportunidade de trabalhar com pessoas experientes e confessa o constante desejo de aprender. “Até hoje qualquer dúvida eu pergunto, pois nunca é demais saber e tarde para aprender. Por sermos mulheres, a cobrança é sempre maior, por isso temos que saber lidar com várias situações e ambientes. Esse não é um problema institucional, mas sim da sociedade”, enfatizou.

A trajetória da delegada ganhou novos rumos quando passou a atuar na Divisão de Narcóticos do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco). “Foi uma fase importante na minha vida. Participei de grandes operações como Balão Mágico, Ícaro, Cangalha e tantas outras. Tive uma satisfação profissional e pessoal, pois pude contribuir de forma efetiva contra o crime organizado”, pontuou. Para a diretora, que trabalha há dez com elucidação de assassinatos, essa experiência agregou conhecimentos que aplica até hoje,visto que os crimes de homicídios e tráfico de drogas estão na maioria das vezes relacionados.

Entre os casos de repercussão social, destaca as elucidações das mortes da adolescente Cristal e da dupla assassinada após cometer furtos em um supermercado no bairro de Amaralina. “Para lidar com esse tipo de situação é necessário ter humildade, empatia, coragem, capacidade de mobilizar a equipe em torno de uma missão, trazer para si responsabilidades, além de competência técnica”, disse.

Mulheres que inspiram

Para chegar ao cargo de destaque, a delegada contou com grandes mulheres pelo caminho. A primeira foi sua mãe, Marina Barbosa Ribeiro, conhecida por ser forte, assim como a irmã, Ieda Ribeiro Franco, que deu grande suporte nos estudos, além do emocional e cultural, no início da trajetória. Ela também cita a delegada-geral da PC, Heloisa Brito, como grande exemplo.

“A delegada- geral é fonte de inspiração para todos os servidores, em especial para nós mulheres. Tenho ela como referência de determinação, coragem, atitude entre outros atributos. Ela é um espelho para meu trabalho”, disse.

Também fez questão de citar outras pessoas que contribuíram para a sua carreira. “Primeiro meu esposo, Sandro Augusto Magalhães Ribeiro, grande incentivador e parceiro. Me apoiou na decisão de seguir a carreira, assumiu e completa até hoje o cuidado doméstico e familiar. “Com a ajuda dele consigo desenvolver os papéis de mãe, esposa e profissional”, contou, acrescentando que do pai, Manoel Passos Ribeiro, herdou a humildade e paciente, utilizada tanto na vida quanto no trabalho. “Sou de uma família de oito irmãos e tenho dois filhos, e a união familiar me ajudou a chegar até aqui”, concluiu.