As eleições de 2020, novamente, terá as mentiras como formas de projetos a serem avaliados pelos eleitores. O eleitorado tem se comportado como torcidas de futebol, que se alegra com as falácias de seus candidatos. A nove meses para as eleições de outubro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez mais um discurso duro contra ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu provável adversário nas eleições de outubro, e disse que o petista quebrou o país quando ocupou o Planalto (2003-2010) e quer se eleger novamente para “voltar à cena do crime”.
“O mesmo cara que quase quebrou o país de vez, que destinou um prejuízo de quase trilhão da Petrobras, quer voltar a cena do crime”, afirmou nesta segunda-feira (31) em Itaboraí, norte do Rio de Janeiro. Atrás de Lula nas pesquisas eleitorais, Bolsonaro participou de cerimônia que marcou o início das operações de uma unidade de tratamento de gás da Petrobras que vai escoar produção do pré-sal. A unidade fica no Polo GasLub, antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).
Em discurso, o presidente comparou a sucessão presidencial a uma guerra e classificou o PT, que governou o país entre 2003 e 2015, a uma quadrilha. “Estamos numa guerra. Se aquele bando, aquela quadrilha voltar, não vai ser apenas a Petrobras que vai ser arrasada. Vão roubar a nossa liberdade”, afirmou Bolsonaro, citando denúncias de corrupção na Petrobras que aconteceram durante os governos petistas. Bolsonaro ainda afirmou que a eleição de Lula significará a volta de nomes como o ex-ministro José Dirceu e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ao centro do poder. “Alguém acha que se o cara voltar Zé Dirceu não vai para a Casa Civil? Dilma no Ministério da Defesa? Defesa, já que ela é mandona e uma arma poderosa conhecida”, disse o presidente em tom de piada, para risos da plateia. Com a colaboração de Nicola Pamplona, Folhapress