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Bandas com letras maliciosas podem deixar de receber verba pública na BA


“Olha, mulher é igual a lata, um chuta e outro cata, um chuta e outro cata…eu chutei, você catou”. Músicas como esta, que fazem o sucesso de várias bandas de pagode na Bahia, estão na mira da Assembleia Legislativa.

A deputada estadual Luiza Maia (PT-BA) impetrou um projeto na Casa que prevê a proibição de financiamento público para bandas e artistas que incentivem a violência e o preconceito contra as mulheres.

Se o projeto for aprovado, o Governo do Estado e as prefeituras baianas ficarão proibidos de contratar artistas com repertório que desvalorize ou exponha as mulheres a constrangimentos. Ela já ganhou o apoio de dez deputadas da Casa e mantém um abaixo-assinado na internet para pedir apoio ao projeto. “Você não pode estar deixando normalizar, como se fosse natural a violência, o desrespeito e a desvalorização da mulher”, defende a deputada.

Os músicos não concordam com o projeto lei e argumentam. De acordo com Robson Costa, vocalista da banda Black Style, tudo não passa de uma brincadeira. “As mulheres interpretam de uma forma assim, como uma brincadeira, sabe? Zoar uma da outra. É sempre uma brincadeira de dançar e de coreografar”, acredita. Do G1