Domingo, 23, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), as neoplasias são a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes com idade de 1 a 19 anos. No país, somente este ano, há uma estimativa de 11.840 novos casos.
Na Bahia, especialistas estimam uma média de 450 casos por ano. Eles aproveitam a data para ressaltar a importância do diagnóstico precoce. O problema é que não existe rastreamento como é feito com adultos, como o autoexame da mama, o toque retal para câncer de próstata ou a colonoscopia para o de colo.
“A medida mais eficaz é o diagnóstico precoce. Quanto mais avançado, menor a chance de cura”, afirma o oncologista Bruno Freire. Os sintomas dependem do tipo de câncer, mas, no geral, são comuns a outras doenças: febre, palidez, manchas, caroços, perda de peso.
“Toda criança deve ser acompanhada por pediatra. Os pais acabam levando somente em casos de emergência. É importante ter um acompanhamento de rotina”, acrescenta. Segundo o oncologista, 70% dos casos são curados, mas a estrutura do SUS carece de ampliação e melhor distribuição.
A vendedora Cristiane Ferreira, 37, contou que teve dificuldade. “Fiquei pelo SUS procurando saber o que minha filha tinha e ninguém conseguia diagnosticar. Só depois de muito tempo descobriram”, conta. Há dois anos a filha dela faz tratamento no Hospital Aristides Maltez e conta com o apoio do Grupo de Apoio à Criança com Câncer (Gaac). A Tarde.