Enfim, acabou o impasse entre os professores de Itiruçu e a prefeitura pelo pagamento do piso nacional da categoria. Em reunião realizada nesta sexta-feira (22) entre a Secretaria de Educação e técnicos da APLB, depois de muitas discordâncias e revisões de propostas, foi selado um acordo para a prefeitura pagar os 33,24% do piso da seguinte forma: reajustar já em abril o valor de 20%, com pagamento do retroativo a janeiro, que deve ser pago já em maio.
Os 13,24% que chegam ao valor do reajuste final em 33,24%, serão pagos pela gestão à parte, sem inserir no salário base, a partir do mês de setembro, sendo integralizado a partir de janeiro de 2023. O pagamento é reajustado de acordo com o plano de carreira e deverá ser observado o salário e suas progressões de forma individual.
Os professores comemoram à luta que travaram com a gestão Lorenna Di Gregorio e com a Secretária de Educação, professora Ana Paula, que apresentaram uma proposta inicial considerada pela classe como “desrespeitosa”, com índice de apenas 10,06%. Houveram duas paralisações desde as negociações com o município e a expectativa, caso não houvesse acordo, seria de continuar com o movimento de greve.
De acordo com relatos do técnico da APLB, o contador e advogado Joel Câmera, a reunião com o município teve momentos tensos e de alterações de comportamentos, mas que, apesar disso, conseguiram enxergar uma proposta viável ao município, depois de receber propostas consideradas horríveis à classe. A proposta de 20% foi apresentada depois que houve a autorização da prefeita Lorenna no percentual, sendo adequado pelo contador da APLB para aprovação final.
Desconfiança na proposta
Alguns professores relataram haver uma desconfiança na execução da proposta com o município, tendo em vista que até então se sentiam engados pela gestão por ter feito ‘acordo’ para o pagamento de retroativos na mudança de classe para alguns docentes em 2021 e, contudo, não cumpriu ainda. Os educadores tiveram que ouvir que toda proposta foi constada em ata e que realmente será enviada conforme o combinado à Câmara de vereadores.
Dificuldade financeira
Desde o anúncio feito pelo presidente Jair Bolsonaro, que resolveu reajustar o Piso do Magistério em 33,24%, maior valor desde 2008, diversos municípios entraram no entrave para cumprir integralmente o pagamento dos 33,24%. De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios Brasileiros, há municípios que não irão conseguir pagar o integral do percentual reajustado sem que haja o complemento do valor pelo Ministério da Educação.