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Aplicativos do governo ampliam acesso à informação e serviços

 Foto: Alberto Coutinho/GOVBA

Foto: Alberto Coutinho/GOVBA

Com o aplicativo SineBahia, a oportunidade de emprego pode estar na palma da mão. Lançado em novembro de 2014, o programa disponível gratuitamente para dispositivos Android tem sido uma das principais alternativas para quem busca chance no mercado de trabalho. O APP oferece diversas funcionalidades, entre elas, informações sobre vagas, Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), além da opção de fazer habilitação ao Seguro-Desemprego.

O aplicativo, que também contempla o trabalhador autônomo, oferece informações sobre o SineBahia-Patra, o Programa de Microcrédito do Estado da Bahia (CrediBahia) e o conteúdo do portal do empreendedor individual. Para as empresas, o APP possibilita disponibilizar vagas, enviar declaração para o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), verificar currículo de trabalhador e enviar demanda por cursos para qualificação profissional.

“O [aplicativo do] SineBahia é mais uma ferramenta que pretende aproximar o trabalhador daquilo que nós oferecemos. É um espaço que está disponível também para os empresários e para o profissional autônomo. O nosso interesse é garantir maior [inserção] de pessoas qualificadas pelo mercado de trabalho”, explica o gerente da Unidade Central do SineBahia, Helber Pacheco.

Diariamente cerca de mil pessoas procuram o serviço de intermediação de mão-de-obra nas 120 unidades espalhadas pelo estado. Desde a criação, o SineBahia já encaminhou mais de um milhão de profissionais ao mercado de trabalho, e 460 mil tiveram o emprego garantido. Desempregado há dois meses, Paulo Leal resolveu disputar uma das vagas ofertadas. De casa, por meio do aplicativo, ele pôde conferir as opções.

“O aplicativo proporciona comodidade para quem está precisando de um trabalho. Basta ter internet que a pessoa pode ficar sabendo qual vaga está disponível e em qual cidade. É muito bacana. Às vezes, você não tem nem dinheiro para ir às unidades em busca de informações, mas agora [isso não] será mais necessário”, afirma Leal.

Hemoliga

A tecnologia também é aplicada na área da saúde pública. Um exemplo é a Fundação Hemoba, que já dispõe de uma forma interativa para estimular as doações de sangue, através do aplicativo Hemoliga. Por meio do programa, o usuário pode ficar informado em relação ao procedimento de doação e sobre quantas bolsas de sangue foram coletadas por dia – tudo em tempo real.

“Hoje em dia é uma realidade para a gente o apelo de captação de sangue pela web. Os jovens estão muito antenados com as redes sociais. O Hemoliga entra nesse processo como ferramenta muito importante. Após a criação do aplicativo percebemos o crescimento das doações quando comparamos aos meses anteriores”, ressalta o coordenador médico de triagem da Hemoba, Marcelo Matos.

O objetivo central do aplicativo é garantir a freqüência das doações, visto que a Bahia não tem conseguido atingir o número ideal de bolsas de sangue. Atualmente, em média, 223 são coletadas diariamente, quantidade insuficiente, embora não exista pendência de transfusão em casos de alta complexidade.

Para o artista plástico, Tuca Moreno, 57 anos, somente quem precisa sabe a verdadeira importância da doação. “Não imaginava que um dia precisaria de doação de sangue. Mas hoje luto contra um câncer de próstata. Muita gente está dependendo de uma ação do próximo para viver. Sangue é vida”.

O Hemoliga está disponível de forma gratuita para smartphones e tablets com versões nos sistemas iOS e Android. A Fundação Hemoba ressalta que um homem pode doar sangue quatro vezes ao ano, enquanto uma mulher apenas três.

Mídias sociais

Para localizar desaparecidos, também já existe um recurso mais rápido. Desde abril do ano passado, a Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP) utiliza o Whatsapp, por meio do número 71 8643-4007, e uma página no Facebook para registrar ocorrências. Duas pessoas ficam responsáveis pelo atendimento aos usuários, uma em cada turno.

Com os novos canais de comunicação, houve aumento de 30% na localização de pessoas de janeiro a junho deste ano, quando o índice é comparado ao mesmo período de 2014.

“Os órgãos de segurança pública têm utilizado bastante as mídias sociais. Elas são mais uma ferramenta que a polícia utiliza no auxílio das investigações criminais e também na localização de pessoas desaparecidas. Em relativo pouco tempo de uso das plataformas, conseguimos perceber resultados muito positivos“, garante a delegada titular da DPP, Heloísa Simões.

Registro de BO

Para registrar o desaparecimento de alguém na capital – boletim de ocorrência (BO) – é necessário que um parente de primeiro grau ou o cônjuge compareça à sede da DPP, no prédio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Rua das Hortências, s/n, Pituba, e informe os dados para identificar o desaparecido. Deve ser apresentada uma foto atual para divulgação nas mídias sociais.

Nos casos de desaparecimentos ocorridos na Região Metropolitana de Salvador (RMS) e no interior da Bahia, as ocorrências deverão ser feitas nas Delegacias Territoriais (DTs) da área onde a pessoa foi vista pela última vez.

Em situações de desaparecidos fora da capital ou em outros estados, é necessário que a unidade policial, onde foi registrado o fato, encaminhe cópias do boletim de ocorrência, termo de declarações da pessoa que comunicou o fato e foto recente da pessoa, com a devida autorização de divulgação nas mídias sociais, para o e-mail [email protected].

Reencontro

Quando se trata de reencontro, é necessário se dirigir à DPP portando documento para que possa ser feita a pesquisa. Segundo a delegacia, é imprescindível ser parente de primeiro grau da pessoa localizada. Nos casos ocorridos no interior baiano, a orientação é procurar a delegacia territorial.