A água consumida por moradores de sete cidades da Bahia possui substâncias que geram riscos à saúde. Em todo o país, são 763 as cidades que possuem produtos químicos e radioativos. A cada 4 municípios onde foi realizado o teste, um teve como resultado a água imprópria. Os dados são do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde, e foram compilados pelo Mapa da Água da Agência Repórter Brasil.
Na Bahia, as cidades onde a água foi reprovada são Vitória da Conquista, Jequié, Itiruçu, Itabuna, Cruz das Almas e Lauro de Freitas. Os dados foram levantados em testes realizados entre 2018 e 2020. Mas no estado os dados não puderam ser levantados em diversas cidades, como Campo Formoso, Catu, Pojuca e Itaberaba, pois não foram enviadas as informações necessárias para o levantamento. Entre os riscos, o consumo desta água pode causar câncer, mutações genéticas, problemas hormonais, nos rins e no sistema nervoso.
Para comentar o assunto, a Embasa esclareceu que cumpre rigorosamente as determinações do Ministério da Saúde relativas à potabilidade da água tratada distribuída. A presença de produtos secundários da desinfecção nas amostras citadas pela reportagem representam apenas 0,1% de não-conformidade entre 34.500 amostras analisadas. Conforme a Portaria de Consolidação n.5/2017, ocorrências esporádicas de resultados acima do limite estabelecido devem ser analisadas em conjunto com o histórico do controle de qualidade da água, e não de forma pontual. Essa diretriz foi reforçada com as alterações promovidas pela Portaria 888/2021, que estabelece que, no caso dos subprodutos de desinfecção, é preciso analisar os resultados com base na média móvel das amostras dos últimos doze meses, desconsiderando uma análise isolada e pontual do monitoramento.