O ritmo agitado da vida moderna tem feito a população dormir cada vez menos. Entre os distúrbios do sono mais comuns nas noites dos brasileiros estão a insônia, o ronco e a apneia. No entanto, há ainda uma série de outros problemas bem mais comuns do que imaginamos, tais quais o sonambulismo e a síndrome das pernas inquietas. Já é consenso que a qualidade do nosso sono está intimamente relacionada à nossa qualidade de vida. Ou seja, mais do que comprometer as noites de descanso, esses distúrbios podem efetivamente impactar nossa saúde física, cognitiva e emocional ou ainda serem sinais de doenças bem mais complexas.
Diversos estudos já comprovaram que a falta de sono aumenta riscos em cardiopatas e piora crises em portadores de dor crônica. Por outro lado, uma noite bem dormida pode reduzir o risco de obesidade e hipertensão, além de proteger contra o declínio cognitivo relacionado às demências. O sono reparador, ainda, também é associado à diminuição das taxas de depressão e à regulação de várias funções, sejam elas físicas ou mentais, que garantem a vitalidade geral do nosso organismo. Dessa forma, dormir bem ao longo da vida é também essencial para um envelhecimento saudável.
“É durante o sono que o nosso organismo se restaura, equilibrando a produção de hormônios, fortalecendo a imunidade e fixando o aprendizado. A privação do sono pode atrapalhar desde o desempenho físico à produtividade no trabalho até às relações sociais”, destaca o neurologista e membro titular da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), Marcílio Delmondes Gomes.