O porteiro do Hospital de Brumado, no sudoeste da Bahia, onde um paciente foi morto com 23 tiros enquanto fazia exames de raio-X, após a unidade ser invadida por dois homens, foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) por participação no crime. O QUE DIZ A DENÚNCIA:
o porteiro teria deixado a porta aberta propositalmente para facilitar a fuga dos comparsas;
o funcionário também teria se comunicado com a dupla de assassinos para contar a exata localização da vítima.
Além do porteiro, o MP-BA denunciou um homem, identificado como Wanderson Oliveira, suspeito de ser um dos autores da execução. Ele foi preso horas após o crime, em um bar da cidade.
Já o outro suspeito de participar do assassinato foi identificado como Fabrício Santos Meira, de 30 anos, também suspeito de envolvimento em outros crimes na região de Brumado. Ele morreu após um confronto com policiais militares, em Vitória da Conquista, um dia depois do ataque ao hospital.
O porteiro do hospital e Wanderson Oliveira foram denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe e dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima.
De acordo com a promotora de Justiça, Daniela de Almeida, o crime foi praticado por motivo torpe, relacionado à guerra de facções e à disputa por pontos de tráfico de drogas. Segundo a denúncia, a vítima respondia a um processo por associação criminosa armada e porte de arma de fogo, era suspeita de integrar uma facção criminosa, além de ser investigada por participação em dois homicídios ocorridos na região.
Relembre o crime
O crime contra Felipe Batista foi registrado por imagens de câmera de segurança. No vídeo, é possível ver o momento em que dois suspeitos mostram uma arma para uma funcionária do hospital e seguem em direção ao local onde Felipe Batista estava.
Em seguida, os homens matam o paciente e fogem. A vítima foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a direção do hospital, Felipe Batista tinha dado entrada na unidade um dia antes de ser assassinado, após sofrer uma tentativa de homicídio na casa em que morava, no bairro Baraúna. No hospital, ele foi atendido, passou por uma cirurgia e estava internado.
Ainda de acordo com a direção do hospital, os suspeitos se passaram por pacientes e, com a arma apontada para a enfermeira, obrigaram ela a dizer o local onde Felipe Batista estava. Procurada pela TV Sudoeste, afiliada da TV Bahia, a Prefeitura de Brumado relatou que pediu proteção policial para a vítima, no hospital, mas não foi atendida. A informação foi negada pelas corporações.
Fonte da matéria é o g1 Bahia.