Um novo boletim divulgado nesta quarta-feira (8) pela Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana, cidade localizada a cerca de 100 quilômetros de Salvador, revela que em 2015, foram registrados 540 casos suspeitos de chikungunya, sendo que 172 (31,85%) foram confirmados.
Em relação ao local de ocorrências, os dados destacam o bairro de Sitio Novo como a localidade com maior frequência de casos suspeitos da doença em 2015, com 87 casos. Em 2014, o bairro George Américo foi o que mais teve casos de chikungunya.
A Secretaria de Saúde de Feira de Santana afirma que, em 2014, foram notificados 1.443 casos suspeitos da doença, sendo confirmados 1.064 (73,73%) do total. Destes, a predominância foi para o sexo feminino com 721 casos (68,86%) e a faixa etária mais com maior número de relatos foi a de 20 a 49 anos, com 812 (56,67%) casos.
Entenda o vírus
A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa “aqueles que se dobram”, em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa.
Em compensação, comparado com a dengue, o novo vírus mata com menos frequência. Em idosos, quando a infecção é associada a outros problemas de saúde, pode até contribuir como causa de morte, porém complicações sérias são raras, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O vírus chikungunya pode ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus, e a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue, de acordo com o infectologista Pedro Tauil, do Comitê de Doenças Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). O risco aumenta em épocas de calor e chuva, mais propícias à reprodução dos insetos. Eles picam principalmente durante o dia. A principal diferença de transmissão em relação à dengue é que o Aedes albopictus também pode ser encontrado em áreas rurais, não apenas em cidades. ( G1).