O município de Itiruçu, através da prefeita Lorenna Di Gregorio (PSD), impetrou na justiça com pedido de reintegração de posse ao município, requerendo a utilização da antiga Fazenda pertencente a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola- EBDA- situada no território de Jaguaquara, que foi ocupada pelo Movimento Sem Terras – MST.
A justiça concedeu causa à prefeitura e, nesta quarta-feira (05), a ação de reintegração foi cumprida com apoio do 19° Batalhão da Polícia Militar, Cipe Central e do Corpo de Bombeiros.
No local funcionava a Sub-Estação meteorológica do Governo, mas foi desativada e o estado cedeu a fazenda para a prefeitura de Itiruçu fazer uso, com alegações de utilizá-la para desenvolver projetos na área agrícola. No entanto, apenas neste ano, depois que mudou o secretário de Agricultura, que a terra passou a ser vista como algo útil a coletividade, com a ideia de desenvolver projeto, o que não atrapalharia o processo de reforma agraria no local, caso entendesse o município que as famílias ali assentadas são merecedoras de terras, pois em menos de 60 dias já haviam iniciado suas produções no local.
Com a ordem judicial, a Polícia contou com apoio da prefeitura de Itiruçu, utilizando de máquinas do município e desde as primeiras horas do dia deu início a destruição dos barracos e das plantações de milho, feijão, abóbora, mandioca, amendoim, mandioca e outras, que foram iniciadas desde o dia 30 de janeiro, quando iniciou a ocupação. A ação revoltou as famílias que estavam no local, mas aceitaram a destruição de forma ordeira.
A insatisfação das famílias com a desocupação e com a destruição dos acampamentos não foram alvo de resistência, mas pediram ajudas ao governador Jerônimo Rodrigues e ao presidente Lula, para que olhem o sistema de reforma agraria com mais urgência. Mesmo haver multa diária em caso de reocupação, as famílias devem retornar a fazenda, por se tratar de um espaço público na sua maior extensão não utilizada para bem comum da sociedade. Informações e fotos originais do Itiruçu Online.
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