A Acelen, empresa responsável pela Refinaria Mataripe, informou nesta sexta-feira (10) que os preços dos combustíveis irão aumentar na Bahia. A gasolina terá um acréscimo de 6,4% e o diesel de 1,2%. Em nota, o Sindicombustíveis Bahia, que representa os proprietários de postos, informou ainda que a Refinaria Mataripe elevou, na quinta (09), em R$ 0,20 o litro da gasolina A, vendida para as distribuidoras, o que pode implicar em novo aumento para o consumidor.
Para o presidente do sindicato, Walter Tannus Freitas, há um risco de um novo ‘boom’ nos preços dos combustíveis. “Com a opção do Governo do Estado de reajustar a base de cálculo do imposto pela Margem de Valor Agregado (MVA), mais PIS/Cofins, mais reajustes semanais da Acelen, tememos um novo boom no preço da gasolina que, no segundo semestre de 2022, em alguns Estados, chegou a ser vendida entre R$ 8 e R$ 9”, comenta.
Reoneração
No último dia 28 de fevereiro, o ministro Fernando Haddad anunciou que a gasolina seria reonarada em R$ 0,47 e o etanol em R$ 0,02. Há oito meses, as alíquotas foram zeradas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na tentativa de abaixar o preço das bombas nas vésperas da eleição. Em coletiva de imprensa e acompanhado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o ministro da Economia explicou que, para preservar a arrecadação, o governo vai criar um imposto sobre a exportação de petróleo cru, que durará 4 meses.
O ministro explicou que, como a Petrobras reduziu a gasolina em R$ 0,13 por litro, o impacto final a ser sentido pelo consumidor será de R$ 0,34 para a gasolina. “Para crescer, precisamos ter o dispêndio adequado às necessidades do país, a receita adequada para fazer frente a esse dispêndio e uma redução da taxa de juros. É o nosso plano para este ano”, afirmou.
Antes da desoneração, a alíquota de PIS/Cofins estava a R$ 0,69 e R$ 0,24 para o litro da gasolina e do etanol, respectivamente. Os tributos sobre diesel, biodiesel e gás de cozinha permanecem zerados até o fim deste ano, como já havia sido previsto em MP (medida provisória) assinada por Lula em 1º de janeiro. Correio*.