O pastor André Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha (MG), admitiu hoje, em postagem no Instagram, que não recebeu intimação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se retratar de acusações feitas ao presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foi isso que ele disse ontem, em vídeo que viralizou nas redes sociais. Valadão, que é apoiador de Jair Bolsonaro, retificou a informação, dizendo que recebeu citação do TSE para que se manifestasse sobre ação da campanha de Lula que o acusa de ter divulgado fake news contra o petista e resolveu se antecipar a uma decisão judicial.
“A fim de que o pedido perdesse o objeto, para que não houvesse invasão ao meu perfil, sob um manto de um de um pseudo direito de resposta, gravei um vídeo em sentido contrário ao inicialmente feito”, explicou o pastor no Instagram, na mesma postagem em que publicou foto do documento de citação.
A versão é muito diferente da divulgada antes, em que atribuía ao ministro Alexandre de Moraes a ordem para uma retratação. Como a coluna mostrou ontem, o TSE informou que não houve nenhuma determinação nesse sentido.
-“Recebi citação do TSE para que me manifestasse, no prazo de 1 (um) dia, sobre representação da Coligação do Lula, em que eles pediam que houvesse direito de resposta a um vídeo em que falei sobre a relação entre Lula e temas como aborto, descriminalização das drogas, furtos, regulação da mídia e liberdade de expressão. Desejavam que, pelo mesmo veículo (meu perfil no Instagram), eu desdissesse o que havia gravado. A fim de que o pedido perdesse o objeto, para que não houvesse invasão ao meu perfil, sob o manto de um pseudo direito de resposta, gravei o vídeo em sentido contrário ao inicialmente feito. Encaminhei o caso aos meus advogados -, disse.