Na primeira semana de campanha rumo ao segundo turno entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL), representantes de diversos setores empresariais ainda se queixaram do nível do debate na disputa presidencial e pedem mais detalhamento às campanhas nos próximos dias. “Nenhum dos dois candidatos apresentou propostas claras para o próximo ano. Muitas ainda são genéricas”, afirma Rafael Cervone, presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).
No caso de Lula, Cervone diz ter considerado positivo o aceno dos economistas em série ao petista. Segundo ele, o movimento ajuda a aumentar a responsabilidade sobre as propostas.
No setor de bares e restaurantes, ainda há curiosidade sobre como um eventual governo petista vai lidar com a reforma trabalhista, segundo Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (associação de restaurantes e bares). “Também consideramos fundamental entender a proposta de reforma tributária, especialmente se prevê desoneração da folha”, diz.
Para José Ricardo Roriz, presidente da Abiplast (indústria dos plásticos), no 1º turno, “os dois candidatos não falaram, ou falaram muito pouco em reformas, principalmente a tributária”. Joana Cunha/Folhapress