Após a criação de 329.404 vagas em fevereiro (dado revisado nesta quinta-feira, 28), o mercado de trabalho formal desacelerou e registrou um saldo positivo de 136.189 carteiras assinadas em março, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada caiu de R$ 1.910,79, em fevereiro, para R$ 1.872,07 em março
Em março de 2021, houve abertura de 153.431 vagas com carteira assinada. O resultado do mês passado decorreu de 1,953 milhão de admissões e 1,817 milhão de demissões. No acumulado dos três primeiros meses de 2022, o saldo do Caged já é positivo em 615.173 vagas.
O mercado financeiro já esperava uma desaceleração no ritmo de abertura de vagas formais em março, mas o resultado veio acima da maioria das pesquisas, de 125 mil postos de trabalho. As estimativas variavam de 94.314 a 305.000 vagas criadas.
A abertura de vagas em março foi novamente puxada pelo desempenho do setor de serviços no mês, com a criação de 111.513 postos formais, seguido pela construção civil, que abriu 25.059 vagas. Já a indústria geral criou 15.260 postos com carteira assinada em março, enquanto houve um saldo de 352 contratações no comércio. Por outro lado, na agropecuária foram fechadas 15.995 vagas no mês.
No terceiro mês do ano, todas as 23 das 27 Unidades da Federação obtiveram resultado positivo no Caged. O melhor desempenho foi novamente registrado em São Paulo, com a abertura de 34.010 postos de trabalho. Em contrapartida, o maior fechamento líquido de postos de trabalhos formais em março foi registrado em Alagoas, com saldo negativo de 10.029 vagas. Os outros Estados que tiveram cortes de vagas também são da região Nordeste: Pernambuco (-6.091), Sergipe (-2.502) e Rio Grande do Norte (-1.069). Estadão Conteúdo