A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fontana, pediu exoneração do cargo na tarde de ontem, quarta-feira, 30. A decisão deve ser oficializada ainda nesta semana e segundo fontes internas da pasta, se deu após Francieli não suportar a pressão diante da CPI da Covid. A servidora teve seu sigilo telefônico quebrado e é alvo de uma acareação junto à médica Luana Aráujo, que depôs na comissão.
Em pedido de suspensão da quebra do sigilo, que foi mantido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, Francieli alegou que o pedido de quebra de sigilo teria sido baseado em “ilações” e informações desprovidas de comprovação. Além disso, sustentou a servidora pública, ela sequer foi convocada como testemunha pela CPI para esclarecer fatos relativos às suas funções no ministério.
A servidora era responsável por formular a estratégia de vacinação da pasta e chegou a ser indicada pelo ministro Marcelo Queiroga para a chefia da secretaria extraordinária de Enfrentamento à Covid-19. Na ocasião, Francieli declinou o convite para continuar se dedicando ao Programa Nacional de Imunizações.