Conhecida como “Capitã Cloroquina”, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, vai ser convocada pela CPI da Covid. Ela foi a responsável pelo planejamento de uma comitiva de médicos que difundiu o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus em Manaus dias antes de o sistema de saúde do Amazonas entrar em colapso. Em depoimento dado ao Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas, ela confirmou que o ofício em que cobrava a adesão dos médicos ao tratamento precoce incluía a orientação ao uso de medicamentos como cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina, drogas sem comprovação científica contra a Covid-19.
“Todas as atividades que foram demandadas inicialmente foram feitas por mim porque foi delegada essa competência pelo ministro da Saúde (Eduardo Pazuello). Nós fizemos uma série de ações que foram planejadas inicialmente por mim. Uma delas foi de levar os médicos voluntários (às unidades de saúde)”, disse. Os requerimentos para ouvir Mayra são de autoria dos senadores Alessandro Vieira (Cidadania), Randolfe Rodrigues (Rede), Humberto Costa (PT) e Renan Calheiros (MDB), que é o relator da CPI.
Ainda foi aprovado de requerimento de Calheiros para convocar Jurema Werneck, representante do Movimento Alerta, para falar de mortes durante a pandemia. Também foi aprovado convite para que a médica Nise Yamaguchi, defensora da cloroquina, preste depoimento.
CPI
O gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, presta depoimento no Senado à Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, também conhecida como CPI da Covid, nesta quinta-feira, 13.
O dirigente fala sobre a oferta de vacinas feita pela farmacêutica ao Governo Federal, em setembro do ano passado. O Palácio do Planalto teria ignorado a proposta, conforme apuram os senadores.