Enquanto uns discutem o aumento de circulação e exposição de pessoas ao vírus e insistem em remédios precoces, quando o Ministério da Saúde informou que não existe a não ser para pessoas em estados graves, o sistema de saúde vai colapsando até nos municípios com leitos para pessoas que aguardam regulação as UTIs.
Médicos de todo o mundo já avisaram e estão repetindo: a covid-19 não escolhe idade e mata idosos, adultos e jovens. O alerta vem sendo redobrado com o elevado número de pacientes jovens internados e mortos. Nessa quinta-feira (01), que emitiu alerta para o número alto de pessoas jovens com necessidade de regulação, foi a Secretaria de Saúde de Itiruçu, que apresentou o boletim epidemiológico teve um número auto de contaminados.
O número alto do contágio foi divulgado nesta quinta-feira (01). São 46 novos casos confirmados, no total de 544, destes 464 estão recuperados. 55 pessoas ainda aguardam o resultado. Desde o inicio da pandemia foram 08 óbitos. Hospitalizados são 06 pessoas, de acordo com a assessoria de comunicação.
O Espaço reservado para acolhimento de pessoas com Covid no hospital municipal atingiu o limite e os jovens estão inclusos entre os que mais precisam de regulação para Hospitais Regionais que atendem infectados com necessidade de vagas em UTI.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, o número de óbitos mensais por covid-19 entre os jovens de 20 a 39 anos teve aumento de 447% na Bahia, no comparativo de março deste ano com novembro de 2020. De acordo com dados, mais de 331 mil pessoas nessa faixa etária contraíram o coronavírus no estado desde o início da pandemia. Na faixa etária de 30 a 39 anos houve um crescimento de 553% no comparativo das mortes ocorridas em novembro de 2020 e março de 2021. Já entre os jovens de 20 a 29 anos o aumento foi de 250% no mesmo período. O secretário estadual da saúde, Fábio Vilas-Boas, afirma que “hoje os jovens já representam mais de metade dos pacientes internados nas UTIs”.
O representante comercial de 38 anos, o itiruçuense Roberto Ney, que precisou ser internado por complicações com a covid-19 não esperava passar pela situação de sintomas graves. Roberto disse ao Itiruçu Online que foi uma das pessoas que mais subestimou o vírus. “Fui uma das pessoas que mais subestimou o vírus, achei que quando pegasse não iria precisar de internação e nada mais. Hoje digo aos jovens de minha idade para terem o maior cuidado possível, pois o vírus é muito perigoso. Fui contaminado em aglomeração durante uma simples festinha particular. Hoje peço a todos que não cometam o mesmo erro e evitem aglomerações e respeitem distanciamento social, pois o vírus não é brincadeira”, disse.
A professora Silvana Rotandano, que também venceu as complicações da covid após internamento, não espera passar por complicações por ser ativa em exercícios físicos e ter considerado ser de alta imunidade. “Tinha a impressão que minha imunidade era altíssima e que não iria contrair o vírus, mas que se contraísse não iria ter sintomas de risco. Quando senti os sintomas e chegou o momento da internação foi como uma bomba que você recebe e não sabe o que vai acontecer. Hoje convivo ainda com o pós covid, sinto muita dor de cabeça todos os dias e cansaço o como se tivesse feito um treino de academia, além das insônias constantes depois”, disse a professora.