Com índice crescente em transmissão comunitária do novo coronavírus, o município de Itiruçu avalia medidas mais enérgicas para provocar o isolamento social no período de encubação do vírus, que é de 15 dias.
A Possibilidade de Lockdown ganhou força após declarações da prefeita Lorenna Di Gregorio confirmando que após a reunião conjunta entre os prefeitos do vale e o poder judiciário, que ocorre com intervalo de 15 dias no fórum da Jaguaquara, pode ser tomadas medias mais duras na próxima terça-feira, dia 28.
O assunto, no entanto, divide opiniões entre favoráveis e contra. O que tem de certo entre todas elas é que a transmissão comunitária em cidades pequenas é perigosa e precisa ser controladas para que não adoeça todos de uma vez.
Se a realidade do lockdown se confirmar, sua implementação trata de uma enorme mudança no dia a dia da população. O problema é a forma de fiscalização das restrições impostas pelo lockdown. A cidade de Itiruçu não possui um número grande de guardas municipais, caso fique sob eles a responsabilidade desta fiscalização e a GM na verdade nem existe no papel. O município também não dispõe de efetivo policial necessário para fazer valer as medidas. Com isso, passam a contar com a boa vontade dos cidadãos para o enfrentamento a pandemia.
São 23 pessoas identificadas pelo município positivadas com a covid-19, sendo que destes 12 estão considerados curados. 12 pessoas aguardam o prazo correto para coleta e 108 estão sendo monitoradas. A preocupação é que a doença chegou no público idoso que já precisam de vagas em hospitais.
Economia X Saúde
O Brasil vive a discussão de quebrar a economia ou priorizar as ações de Saúde. Na verdade, não existe saúde sem economia e não existirá economia sem saúde. Uma é correte da outra. Mas já divide opiniões.
“Eu sou totalmente contra o lockdown. Sou a favor de uma fiscalização rígida na cidade, e quem estiver errado ser multado. Mas fechar, não. O empresário quebra, e a cidade também. Todos nós sabemos que passamos o dia inteiro esperando um cliente e temos comércios que não vende R$ 50,00 no dia. O que precisam ser fiscalizados são os grandes comércios que recebem 82% da cidade em seus estabelecimentos, os que fazem serviços de entrega. Os demais devem ser cobrados e fiscalizados com rigor. Muitos não tiveram auxílios e estão passando dificuldades. Os prefeitos fecharam muito cedo nossos comércios e agora que precisam de medidas enérgicas, já provocaram o caos financeiro em nossas vidas. Vamos nos unir e ajudar o vírus não espalhar, cuidado e educando e cobrando de que pode contribuir mais. Tem que discutir as saídas com bastante avaliação”, disse o empresário Marcos.
Já para o cidadão Adriano, é hora de pensar em 15 dias mais duros, fazendo valer a ação para não colapsar ainda mais o sistema de saúde. “Estamos acompanhando a situação do Brasil e principalmente do sistema de saúde de nossa região. Pessoas morrendo a espera de vagas nas UTis. Sabemos que a economia se parar teremos um buraco grande, irreversível. Mas já estão sendo penalizados de forma certa ou errada desde o início. Se for preciso fechar por 15 dias, que feche, mas é preciso fazer valer para todos e evitar o avanço do vírus. É necessário e urgente”, opinou.