A música e o carnaval fazem parte da história de Priscilla Ferr, cantora que se apresenta no Leme, no próximo dia 7 de fevereiro, ao lado do Bloco Brasil. Nascida em Vitória da Conquista, de um músico e de uma família onde “todo mundo tocava alguma coisa”, ela se tornou intérprete por uma consequência natural.
Priscilla Ferr é a primeira de cinco candidatas que serão apresentadas ao longo dos próximos dias e que concorrem ao título de Musa dos Blocos do Rio, em eleição promovida pelo G1 a partir da próxima sexta (30). Todas as candidatas — escolhidas pelo site — têm relação com algum bloco de carnaval de rua carioca e são foliãs apaixonadas.
Família de músicos
“Meu pai era músico e eu o perdi muito pequena. Mas, na minha infância, fui a muitos saraus aos finais de semana, onde ele escrevia poesia e tinha música de manhã, de tarde e de noite. Mesmo com a ausência do meu pai, eu cresci ao lado dos meus tios, que eram influenciados pela música”, afirma Priscilla.
A cantora veio morar no Rio com 18 anos, depois de correr por muito tempo atrás do trio elétrico, na Bahia. Quando chegou, entrou em contato com outras influências: “Eu caí em um campo mais carioca. Da bossa nova, de Elis Regina, de Cartola… Outras influências passaram a fazer parte da minha música”.
As performances na Marquês de Sapucaí também a impressionaram. “Quando eu vi uma escola de samba passar e tudo estremecer, aquela beleza artística me deixou realmente fiquei tocada. É emocionante e apaixonante. Não tem como você ir para o Sambódromo e não se deixar influenciar e envolver por aquilo. É um outro horizonte”, conta.
Inspiração baiana
Fã dos Novos Baianos e de Caetano, Gil, Gal e Bethânia, Priscilla também foi influenciada pelas cantoras de axé music. “Elas têm um jeito de cantar e dançar, onde todo o corpo dança e canta junto. São muitos expressivas, cada uma à sua maneira. E sempre têm uma mistura de sexualidade, sem ter um propósito nisso, sem ser o foco direto. O foco maior das cantoras baianas é trazer a alegria com a dança”, diz.
Ela acredita que o título de Musa dos Blocos pode a ajudar a alcançar um público maior. “O objetivo é atingir uma massa de pessoas. Eu quero que mais pessoas ouçam as nossas músicas, o máximo que a gente puder. Acho que esse título pode abrir portas profissionais. Porque a ideia é muito mais atingir o público pela alegria do que simplesmente pela beleza”.
Priscilla define os seus cuidados de beleza no dia a dia como simples. Ela afirma praticar exercícios físicos três vezes na semana, beber muita água, ter uma boa alimentação e cumprir a maioria dos seus compromissos de bicicleta. “Eu mesma faço o meu cabelo. Eu sempre me virei. A minha mãe era dona de loja. Eu acompanhava os desfiles e via como os maquiadores faziam. Fora isso, é preciso ter bons produtos”.
‘Palco é vitrine’
Vocalista do Bloco Brasil desde a fundação, ela afirma que a banda faz jus ao nome e percorre a diversidade dos ritmos da música do país. “A gente abraça todos os ritmos musicais brasileiros. Temos xote, quadrilha, frevo, rock, pop, samba. É tudo mesmo. Fazemos releituras de grandes sucessos. Impregnamos um estilo nosso”.
Priscilla acredita que o assédio é consequência de um papel de destaque. “É claro que quando você desce do palco tem gente que vem para elogiar o seu trabalho e para elogiar a sua fisionomia. Às vezes caem na paquera. O palco é uma vitrine para as pessoas nos olhares de uma maneira especial. Mas toda arte tem um pouco de brilho neste sentido”. Com informações do Portal G1