Alimento rico em propriedades medicinais, o mel é um produto proveniente da criação das abelhas africanizadas (apicultura) e das sem ferrão (meliponicultura), culturas agrícolas que vêm se firmando na Bahia, onde a atividade é desenvolvida por agricultores familiares. O estado é o terceiro maior produtor de mel de abelhas africanizadas do Nordeste, com uma produção anual de mais de 600 mil toneladas.
De acordo com levantamento da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), este número é resultado do trabalho de oito mil agricultores familiares baianos que vivem da criação e manejo desse tipo de abelhas. A meta do órgão é formar, até o próximo ano, 11 mil famílias rurais na apicultura.
O municípios de Jequié é destaque na produção do mel. A EBDA também testa a qualidade do mel, com a emissão do laudo que qualifica o produto para venda. Além dos serviços de controle da qualidade dos produtos, o Labe desenvolve pesquisas aplicadas, buscando o incremente de tecnologias e processos como a desidratação do pólen de abelhas sem ferrão como a urucu, (Melipona scutellaris), além da identificação de propriedades terapêuticas e nutricionais do pólen para que o produto seja comercializado pelos agricultores.
“A desidratação correta do pólen vai garantir ao agricultor um produto com maior tempo de prateleira e reduzir o risco de contaminação”, enfatiza Alvanice. Por Zenilton Meira.