Dr. Antenor Rodrigues Costa, uma referência para uma cidade. Lá se vão mais de 45 anos de sua partida, mas ninguém o esquece, permanece vivo na memória do povo de Itiruçu, antiga Tiririca, pequena cidade que um dia ele tão bem cuidou. Exercia a medicina como um sacerdócio, tinha como missão nessa terra: cuidar de todos, preferencialmente dos mais pobres. Não poucas vezes, como forma de pagamento, recebia galinhas, porcos, bananas, farinha. Seu velho JEEP, mais tarde, sua RURAL WILLYS, era a ambulância da cidade, ele, o seu motorista. Seu humilde consultório era o hospital da cidade. Dá mulher, na hora do parto, ao louco da cidade, todos a ele recorria, não tinha ESPECIALIDADES, cuidava tanto do corpo, quanto da alma daquele povo esquecido. Como forma de gratidão, as famílias lhe oferecia um filho para batizar – inclusive a minha. Assim, ao longo do tempo, ele se tornou PADRINHO de metade da cidade. Morreu pobre. Nunca fez da profissão, e do amor que o povo da cidade tinha por ele, um trampolim para tornar-se um politico. Seguindo os passos do juramento de Hipócrates, soube manter “a honra e as nobres tradições da profissão medica”. O poeta Fernando pessoa diz em um verso seu, que “o valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”. Assim era Dr. Antenor, um ser humano diferenciado, uma pessoa incomparável. Um dia este NOBRE homem cuidou das dores de Itiruçu. Itiruçu ficou-lhe eternamente grata.
Escrito pelo Itiruçuense, Prof. Dr. Joceval Bitencourt.