Num espaço reduzido com capacidade precária para abrigar dois detentos estão presos 23 indivíduos, na semidestruída carceragem da 9ª Coorpin, localizada na parte dos fundos do Complexo Policial de Jequié. A manutenção dessas pessoas presas em flagrante, nesse local, decorre do fato de que a Justiça determinou em 26 de janeiro deste ano a interdição parcial do Conjunto Penal de Jequié, por conta de superlotação. A unidade possui, atualmente, 702 detentos, mas tem capacidade para suportar apenas 392 presos. A decisão da Justiça acolheu o pedido feito pela Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE/BA) e foi assinada pelo juiz da Vara de Execução Penal (VEP) de Jequié, Valnei Mota Alves de Souza. Na decisão, o juiz ainda proibiu o ingresso de qualquer preso provisório enquanto permanecer a situação de presos em quantidade superior à capacidade do CPJ. Acompanhado pelo diretor da 9ª Coorpin, delegado Fabiano Aurich, o Juiz Valnei Alves de Souza visitou as instalações da carceragem na tarde desta segunda-feira (19), onde verificou a gravidade da situação.
O local não dispõe de água corrente, nem luz elétrica. Os presos amontoados estão sem tomar banho e satisfazem suas necessidades fisiológicas em um buraco dentro da cela, que não dispõe de descarga. Um preso em flagrante que assassinou um homem no terminal rodoviário, na madrugada de sábado (17), está com uma perfuração a faca nas costas e a ferida exposta corre o risco de infeccionar e um outro com uma inflamação no dente estava com o rosto totalmente inchado, sem receber atendimento. Uma tentativa de solução para o grave problema está sendo tentada. Com as instalações físicas da carceragem bastante fragilizada decorrência de rebelião ocorrida no local, a possibilidade de que ocorra um novo motim não está descartada. *As informações são do blog Jequié Repórter