Festa esperada ano a ano, o São Pedro de Itiruçu é um destino certo do folião no período Junino. Itiruçu é privilegiada de ser a escolha de milhares de foliões após o São João, o que aquece a economia local.
Sem dúvida da realização, a prefeitura confirmou as atrações do evento antes 30 dias antes, o que ajudou na propagação das atrações, que foram mescladas com bandas da cidade, seguindo assim o que foi implantado desde 2014, quando por motivo de queda do FPM- Fundo de Participação dos Municípios- , a festa diminuiu drasticamente a contratação de grandes atrações. A receita caseira deu certo, pois as chamadas ‘pratas da casa’ deram conta do recado.
Na edição de 2017, algumas bandas consideradas com um grau maior de publicidade, por ter na formação nomes de nome nacional, como o cantor Léo Fera, da Banda Forrozão; Sem Retoque, Raneychas e Rose Banda, foram às principais atrações da festa.
As atrações deram conta do recado e fizeram, como sempre, grandes shows. As pratas da casa também tiveram destaque, como a cantora Déa Oliveira, que na noite de sábado foi elogiada pelo folião como a melhor apresentação da noite. A banda Hot Xote mais uma vez arrebentou na Praça seu fugir do estilo Xote, que agrada o público forrozeiro. Ademais, a festa não teve apresentações que superassem uma à outra. No domingo o público esperava o arrocha do Sem Retoque e o Forró de Rosy Banda. Antes tiveram as pratas da casa Sete Love e a estreia de Nino Qualidade tocando arrocha, com a Banda Toque Novo do Arrocha; uma prévia de Sem Retoque, o show agradou.
O que melhorou durante o evento
A grade havia sido organizada dando as atrações da festa os últimos horários da noite, como na primeira noite de sexta-feira, que por conta da divisão errónea e amadora, o público não gostou, por exemplo, do horário de Forrozão, já quase no final da noite. Corrigida a tempo, já para a noite de sábado, a grade teve uma melhor divisão dos artistas e quem ganhou foi a festa, o público ficou presente de início ao fim. No domingo alterações nos horários confundiu o público, que esperava, por exemplo, Rosy Banda às 00h00, como divulgado, mas houve alteração e Sem Retoque se apresentaria às 00h00. A Banda atrasou e a coordenação antecipou o último show da festa para a meia noite, sem aviso, o que não agradou o folião. Os Ballas assumiu o horário e em seguida se apresentou Sem Retoque, com um show básico padronizado e na ordem musical do álbum. Rosy Banda assumiu o palco para fazer sua apresentação, com um público cansado, já no final do evento.
A locução do evento teve a presença de Roberto Brito, que fez o evento 9 vezes seguidas. Joca Santos foi o parceiro de palco, com a presença de Sérgio Siolli. O poder do improviso, a experiência na animação do público ajudou na espera entre uma apresentação e outra.
Ponto positivo e que continue
A apresentação de quadrilhas antes dos shows, no sábado e domingo deve ser preservada e resgatada. Estes elementos leva a Praça um público idoso, que não curte os shows da noite. A apresentação de alunos, como a turma do NEAB, também foi positivo. O bom mesmo é propagar nos próximos anos a presença das famílias e tornar à tarde de domingo, ou seja, incluir o público que prestigia apresentações. O primeiro passo foi dado. Parabéns!
A prefeita Drª Lorena, festejou em todas as entrevistas para imprensa e elogiou a presença do público, além de parabenizar a equipe da coordenação pelas noites perdidas para que o São Pedro acontecesse com tranquilidade. A gestora acompanhou de perto todas as ações durante a festa. Válidas as comemorações, pois o município cumpriu bem o papel na promoção de um dos melhores São Pedro da Bahia.
Segurança
A festa foi tranquila, sem registros de violência.
São Pedro 2018
Para a edição 2018, ficou a experiência adquirida, que na soma de todo trabalho deve ser comemorada o êxito da festa, que superou as expectativas de público. O que deve ser melhorado e avaliado para 2018 é uma divisão antecipada da grade. Outro ponto a ser observado foi o desentendimento entre a prefeitura e a Rádio Itiruçu FM, que após 12 anos ficou sem fazer a transmissão do evento, sentida por milhares de pessoas que acompanhavam todos os anos o som da Praça. A retransmissão do GSSOM, sistema de som da cidade, que também não levou às Praças a música do palco deve ser revista. Enfim, nada que não possa ser reavaliada, mas, de certo, as intercorrências não tiram o brilho do São Pedro 2017. Afinal, o trabalho de um evento público só é bem avaliado quando o público comparece e isso não faltou no São Pedro. É bom pensar com carinho na estrutura de som, que se avalie a volta de dois palcos, ajudaria e o público não ficaria disperso nas paradas. Outros métodos testados não resolveram. Bom rever a colocação de barracas dentro da cobertura da feira livre, numa possível chuva, o público teria onde se acomodar; este vale para as famílias que acompanham com crianças.
Fica a dica para as Pratas da Casa!
Como o São Pedro é uma vitrine para uma carreira de sucesso, é bom que nossos artistas busquem a profissionalização de seus grupos, dando a eles identidade para que o público conheça por nome, pois é corriqueiro se apresentar a cada edição como nome diferente. Persistam no estilo e busquem a sonhada realização profissional.
Por Tiago Santos.