“Assim, ratificamos a convocação de todo o funcionalismo para trabalhar normalmente na próxima sexta, e assim, participar na construção desse momento em que cada cidadão deve fazer sua parte na reconstrução do Brasil”
Durou menos de 24 horas a euforia dos servidores públicos municipais ante a possibilidade de aderirem impunemente à greve geral convocada pelos movimentos de esquerda contra a Reforma da Previdência, mobilização articulada pelos foratemistas e cujo objetivo central é fragilizar ainda mais a já manca popularidade do presidente Michel Temer, do PMDB, mesmo partido do prefeito Herzem Gusmão.
Em ofício endereçado ao presidente do sindicato dos servidores, o secretário de Administração, Gildásio Oliveira, assegurou à categoria livre participação no movimento, sem prejuízo salarial. Lido e celebrado pelos servidores em plena praça Tancredo Neves, onde estavam mobilizados – o documento viralizou nos grupos de whatsapp e teve início a batalha verbal entre governistas (contrários à greve e à liberação) e os foratemistas.
A polêmica em torno do assunto levou o governo a emitir uma nota oficial no final da tarde desta quarta-feira, convocando os servidores ao trabalho e assumindo clara posição política contrária ao movimento grevista. Frisou que o governo municipal não estimula, não apoia e nem organiza movimentos e que “seu papel é gerenciar a cidade com um olhar de desenvolvimento para todos os munícipes”
“O ofício enviado ao Sindicato não representa uma adesão ao movimento nacional, antes sinaliza a posição do Governo em respeitar os direitos dos trabalhadores organizados, sem qualquer tipo de perseguição ou intimidação, respeitando o livre direito de expressão e democracia. Outrossim, a Prefeitura informa que estará funcionando normalmente na próxima sexta-feira, e convoca todo o funcionalismo para comparecer aos seus respectivos locais de trabalho”, diz a nota.
Em tom pouco ameno, o governo afirmou que as soluções para os problemas do país se darão a partir do trabalho e do compromisso com o contribuinte e cidadão e que “mobilizações, como essa, que visam tumultuar o processo de recuperação do Brasil, e de enfrentamento dos problemas depois de anos fantasiosos que quebraram o país, em nada contribuem para uma discussão séria sobre os rumos da nação, e as reformas emergenciais que precisamos para a retomada do desenvolvimento”.
*Diário Conquistense.