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Seleção sente pressão, só empata de novo e sofre “chuva de vaias” no DF

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O nervosismo misturado a ideias que não funcionaram novamente fizeram a seleção masculina de futebol empacar pelo segundo jogo seguido em Brasília, pelos Jogos Olímpicos. Na noite deste domingo (7), debaixo de muitas vaias e diante de um público impaciente, a equipe brasileira ficou no 0 a 0 contra o Iraque.Sem fazer nem sofrer gols, o Brasil passa de favorito até o início da competição a conviver com o risco de eliminação real no Grupo A. Quando enfrentar a Dinamarca na quarta (10), em Salvador, o time de Rogério Micale estará na vice-liderança, com só dois pontos, empatado com o Iraque em todos os critérios. Se enfim vencer, avança. Qualquer outro resultado deve ser fatal.

Pela segunda partida seguida, o atacante palmeirense foi decepção. Se na estreia ficou isolado e desperdiçou oportunidades, desta vez foi quem mais finalizou no time do Brasil. Mas, bastante ansioso, errou várias jogadas. Foi substituído aos 9 minutos da etapa final, por Rafinha.

Neymar muda estilo e joga coletivamente. Mas leva menos perigo

Criticado por prender demais a bola nos dois primeiros jogos, o atacante se comportou de forma diferente diante dos iraquianos. Participou mais da partida coletivamente, sem deixar de chamar a responsabilidade. Mas, verdade seja dita, também foi bem menos perigoso do que contra os sul-africanos.

Renato Augusto vira alvo da torcida e volta a jogar mal

Ueslei Marcelino/Reuters
Foto Ueslei Marcelino/Reuters

Renato exibiu os mesmos problemas da estreia: jogo muito lento, pouco competitivo e incisivo. No intervalo, chegou a abraçar Gabriel Jesus e pedir tranquilidade. Mas, como mais experiente, também virou alvo e passou a ser insistentemente vaiado pelo público em Brasília. Mesmo assim, foi mantido até o final e perdeu um gol incrível, sem goleiro, já nos acréscimos.

O treinador brasileiro repetiu a escalação da estreia para tentar dar mais confiança ao time, que teve bons e maus momentos no primeiro tempo. Diante da cera iraquiana, Rogério Micale chegou a trocar gestos ofensivos com Abdulghani Alghazali, comandante do rival. Nas alterações, não foi bem: no intervalo, colocou Luan, e os quatro atacantes juntos não funcionaram. Sete minutos depois, já sacou Gabriel Jesus e acionou Rafinha.

Depois de propor o jogo contra a Dinamarca na estreia, o treinador mudou totalmente o estilo do time iraquiano. Ciente de que precisaria explorar o nervosismo do Brasil, colocou mais um defensor e adotou o 4-1-4-1 para enfrentar a seleção. Com cinco jogadores no meio, marcou bem e levou perigo à seleção.

O Brasil não terá o volante do Santos para buscar a classificação contra a Dinamarca em Salvador. Amarelado na estreia, ele abusou das faltas e parou os iraquianos com jogadas ríspidas em pelo menos três oportunidades só na etapa inicial. Na segunda delas, já recebeu a advertência que o tira da próxima partida. A maior possibilidade é de jogar Rodrigo Dourado na quarta-feira.

Em certo momento, seguranças foram até a torcida do Iraque, que cantava e batucava bastante no Mané Garrincha. A ideia deles era impedir o batuque animado dos iraquianos, mas automaticamente os brasileiros que estavam próximos saíram em defesa e gritaram “deixa, deixa”. Os funcionários do estádio deixaram o local e todos, inclusive os iraquianos, viraram uma só voz: “Brasil, Brasil”.