Nome mais forte do DEM para em 2018 disputar a presidência da República pelo partido, ACM Neto pode concorrer com um velho conhecido adversário político: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A relação dos dois é polêmica, com direito a troca de ofensas ainda da época em que Neto era deputado federal e seu avô, o velho ACM, senador. Em setembro de 2005, há 10 anos, os dois novamente trocaram farpas.
Tentando a reeleição naquele ano e disposto a fazer Jaques Wagner (PT) governador da Bahia pela primeira vez, Lula foi a Feira de Santana e disparou contra ACM Neto, o chamando de “pequenininho” e “nanico”. “Aqui neste Estado tem alguns políticos que não respeitam. Eles pensam que podem bater na mesa a hora que quiserem. Tem até um naniquinho desse tamanho que disse que ia me bater. Não aguenta um sopro, mas disse que ia me bater”, disse Lula.
Ao citar a ameaça de agressão, o então presidente estava se referindo ao episódio que ocorreu em 2005. ACM Neto, irritado, na Câmara dos Deputados, prometeu que daria uma “surra” no ex-presidente. Ele acusou a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) de monitorá-lo desde que assumiu a sub-relatoria da CPI dos Correios. “O presidente da República, ou qualquer um dos seus que tiver coragem de se meter na minha frente, assim como disse o senador Arthur Virgílio, tomará uma surra. Não me intimido. Tenho coragem e vou até o fim. Não mexam com os meus nem comigo, porque estou pronto para me defender”, afirmou.
Em 2012 o PT exibiu o vídeo em que ACM Neto promete a famosa “surra” em horário eleitoral, em Salvador. Em um comício na capital baiana, Lula chegou a dizer: “Se esse cidadão teve coragem de dizer que queria bater no presidente da República, imagina o que vai fazer com o camelô de Salvador”. *Varela Notícias.