Quem espera que haja uma renovação significativa na Assembleia Legislativa e da bancada baiana na Câmara Federal com as eleições do dia 5 vai se frustrar. Ao contrário do que ocorreu em 2012, com a Câmara Municipal de Salvador, a mudança não será tão importante. A avaliação é do professor e cientista política da Ufba, Jorge Almeida.
Em 2012, o eleitorado de Salvador mandou pra casa 56% dos vereadores que tinham mandato. Segundo Almeida, o fenômeno se deveu ao desgaste que havia do outro lado da rua, no palácio Thomé de Souza. “Como a maioria da Câmara estava a reboque do prefeito João Henrique, e ele estava desgastado, foi natural a grande renovação”, assinalou Almeida ao Bocão News.
Agora, segundo ele, o que deve acontecer é um crescimento da bancada ligada a Paulo Souto (DEM), que hoje é oposição, e uma diminuição das bancadas dos partidos do arco de aliança do candidato ao governo Rui Costa (PT).
ADESISMO – Apesar de o jogo hoje demonstrar claramente quem é oposição e quem é governo, difícil mensurar como ficará a divisão após as eleições. O adesismo na política tem sido uma constante eleição após eleição.
Não custa lembrar que quando Jaques Wagner foi eleito em 2006 levou junto com ele apenas 31 deputados. A oposição era maioria. Ao assumir o mandato, em janeiro de 2007, esse número aumentou. Ele chega ao fim de oito anos com o apoio de 78% dos deputados estaduais. Informações do Bocão News.