Invicto desde novembro de 2015, o Vasco precisava de uma conquista para coroar a brilhante série de jogos sem derrota e fazer a torcida esquecer o gosto amargo do rebaixamento no Brasileirão. A redenção e o prêmio pela regularidade vieram na tarde deste domingo (5). O clube cruzmaltino fez valer a vantagem construída no primeiro jogo, arrancou o empate por 1 a 1 com o Botafogo no Maracanã lotado e se sagrou Campeão Carioca de 2016.
Precisando da vitória para reverter o 1 a 0 do primeiro confronto, o Botafogo chegou a abrir o placar com Leandrinho. Só que Rafael Vaz igualou o placar pouco tempo depois e foi o herói do título. A conquista do Carioca deste ano é a 24ª na história do Vasco – a segunda consecutiva. Além da taça, os vascaínos também se isolaram como os que mais venceram o Estadual de forma invicta: seis vezes. Até esta edição, cruzmaltinos e flamenguistas tinha cinco títulos sem nenhuma vitória.
O troféu também coroa o trabalho feito pelo técnico Jorginho. Apesar de não evitar o rebaixamento, o treinador ajustou o Vasco e criou um time competitivo a ponto de ficar mais de meio ano sem uma derrota sequer. Com a necessidade de vencer, o Botafogo buscou uma pressão inicial, mas esbarrou na forte marcação do rival na entrada da área. As opções foram: cruzamento ou chutes de longe. Gegê parou em Martín Silva logo no início. Outra boa chance só no final do primeiro tempo, quando Bruno Silva acertou uma pancada da entrada da área. O goleiro vascaíno apareceu novamente para evitar o gol.
O Vasco jogou com o regulamento? Mais ou menos. Apesar da vantagem, os vascaínos procuraram sair para o ataque, mas de forma cautelosa, sem muita velocidade. O resultado foi efetivo, mesmo que o time não tenha criado nada de muito empolgante. Se o jogo pareceu morno no primeiro tempo, tudo mudou em quase dez minutos. Logo de cara, Jefferson fez ligação direta para o ataque. Diego recebeu na direita e cruzou para Leandrinho cabecear firme para abrir o placar. Só que a alegria botafoguense durou pouco. Aos 11 minutos, Nenê cobrou falta no segundo pau. Rafael Vaz levou a melhor na disputa e, de cabeça, deixou tudo igual.Com a vantagem, o Vasco não teve a menor dificuldade para se fechar e esperar por um contra-ataque. O momento de mais sofrimento foi em um chute forte de Gegê, que passou raspando a trave. Só que os vascaínos mostraram a experiência necessária para não levar o segundo gol e conquistar a taça.