Os professores da rede municipal de ensino de Salvador decidiram, nesta sexta-feira (11), pela manutenção da greve que já chega ao nono dia. A manutenção da greve é por tempo indeterminado e foi decida em uma assembleia realizada no Ginásio dos Bancários, nos Aflitos. Segundo a Secretaria Municipal de Educação (Smed), 35% das escolas permanecem em greve, atingindo mais de 60 mil alunos. A adesão, segundo a Smed, é de 45% dos professores. Uma nova assembleia está marcada para a próxima sexta-feira (18).
Os docentes reivindicam que parte da jornada de trabalho seja reservada para atividades extraclasse. A carga horária dos professores municipais pode ser de 20 ou 40 horas semanais. A categoria luta pede para que 1/3 dessa jornada seja destinado aos estudos pessoais, planejamento de aulas, atendimento de pais e reuniões de equipe. Segundo a prefeitura de Salvador, o modelo já está sendo implantado. Em entrevista coletiva, o secretário Guilherme Bellintani afirmou que acredita que a greve seja motivada por questões políticas.
Com a manutenção da greve, o sindicato está descumprindo a decisão judicial que decretou ilegal o movimento. Sobre o assunto, o sindicato informou, em nota: “Na assembleia foi discutida a notificação judicial recebida pela APLB no final da tarde de quarta-feira, 9, acerca da ilegalidade da greve. A direção da APLB-Sindicato defende que o retorno às aulas cabe somente aos trabalhadores e trabalhadoras em educação”.
AGENDA DA GREVE
Segunda-feira (14)
Ação e panfletagem nas escolas
Terça-feira (15)
Greve Nacional da Educação com caminhada em âmbito estadual. Do Campo Grande à Praça Municipal, às 9h.
Quarta-feira (16)
Seminário sobre o EJA pela manhã no Hotel Sol Victória Marina e pela tarde sobre Reserva de Jornada (local a ser divulgado).
Quinta-feira (17)
Reunião do comando de greve
Sexta-feira (18)
Assembleia Geral, às 9h, no Ginásio dos Bancários e Caminhada em Defesa da Democracia (à tarde). IBahia.com