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Justiça decide manter prisão de ex-deputado Luiz Argôlo

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O ex-deputado federal pela Bahia Luiz Argôlo (ex-SD) teve a liberdade negada nesta quarta-feira (27) pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), com sede em Porto Alegre. Os desembargadores julgaram o mérito do habeas corpus do ex-parlamentar. O juiz Nivaldo Brunoni, que foi o relator do processo nesta quarta, afirmou ver razões para restringir a liberdade do ex-deputado. “Em liberdade, pode, a depender das circunstâncias, assumir mandato parlamentar, o que seria intolerável”, afirmou o relator, que teve o voto acompanhado de forma unânime.

O recurso já havia sido negado liminarmente em 26 de novembro do ano passado pelo desembargador federal João Pedro Gebran Neto, responsável por julgar os processos da Operação Lava Jato em segunda instância. O político, que está preso no Paraná, foi condenado a 11 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. Sérgio Moro considerou que Argôlo, enquanto deputado federal, recebeu parte do dinheiro da propina paga por empreiteiras fornecedoras da Petrobras à Diretoria de Abastecimento da estatal, então comandada por Paulo Roberto Costa.

Segundo o juiz, ficou comprovado que Argôlo recebeu R$ 1.474.442,00 do esquema, sendo que pelo menos R$ 250 mil envolveu apenas um recebimento de propina. Argôlo afirmou que todo o dinheiro repassado por Youssef a ele era referente à compra de um terreno da família em Camaçari, na Bahia.