A diversidade sexual está presente em todas as profissões, e o princípio da igualdade, estabelecido na Constituição, referenda os mesmos direitos entre heterossexuais e homossexuais. Num ato político, mas, acima de tudo, de celebração da felicidade, o juiz baiano Mário Soares Caymmi Gomes celebrará a sua união com o médico Alexandre de Moura Lima neste sábado (14), em Salvador, após 12 anos juntos. Será o primeiro casamento homoafetivo de um magistrado na Bahia.
“As diferenças não podem ser negadas e precisam ser aceitas por toda a sociedade. O casamento é o resultado do amor existente entre duas pessoas”, afirmou o juiz. Ele enfatizou que ainda existe na sociedade um movimento conservador, mas que é preciso ressaltar os direitos garantidos. “Esperamos que esta nossa iniciativa, de certa forma, sirva para que muitas outras pessoas se sintam representadas”, citou.
O juiz Mário Caymmi Gomes destacou a importância do reconhecimento do casamento homoafetivo no Brasil, a partir de decisão unânime do Supremo Tribunal Federal (STF). No entender da Corte, casais gays devem desfrutar de direitos semelhantes aos de pares heterossexuais, como pensões, aposentadorias e inclusão em planos de saúde. No Judiciário, ele diz ter presenciado, ao longo de sua carreira, muitos casos de embates judiciais entre familiares contra o companheiro de uma das partes, quando da ausência deste por morte. “Até então, o Direito não era garantido. Felizmente, isto mudou”, destacou.
A celebração, no próximo sábado, às 17h, reunirá pessoas mais próximas do casal, em um evento no Hotel Deville, em Itapuã. “Vamos comemorar com uma festa temática, da Índia, e estaremos em trajes típicos, junto com as madrinhas”, citou o magistrado. O motivo do tema foi o prazer do casal por viagens e o amor pela cultura indiana.