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Salvador: “Explosivos” de “homem-bomba da Unijorge” eram balas de gengibre

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Apesar da correria, o prédio foi evacuado rapidamente, sem vítimas ou reféns. A Polícia Militar foi acionada e, chegando rapidamente ao local, o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) assumiu a situação, isolando o incidente à sala 711, no 7º andar, onde o suspeito se encontrava. Pouco depois das 16h30, aconteceu a rendição, com a prisão do homem e a retirada do artefato intacto para investigação.

“O prédio 1 do campus Paralela é frequentemente alugado para realização de provas e concursos. Nessas ocasiões, o locatário assume na totalidade a operação do espaço, sendo responsável por limpeza, acesso, segurança, dentre todas as outras atividades necessárias para o pleno funcionamento do local. É a primeira vez que é registrado um incidente do tipo. Tão logo soube do ocorrido, a Unijorge se prontificou a dar acesso às centrais de monitoramento e controle para que a polícia pudesse atuar com a agilidade necessária, estando presente durante todo o tempo até a evacuação completa do campus e resolução final da situação”, declarou a Unijorge em nota. Varela Notícias.

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O bacharel em Direito, identificado como Frank Oliveira da Costa, foi o homem que ameaçou explodir os estudantes da Unijorge, no campus da Avenida Paralela, neste domingo (24), durante um exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Segundo informações obtidas pelo Varela Notícias, o jovem enfrentava problemas psiquiátricos e não se conformava em ter sido reprovado várias vezes durante os 11 anos em que tentou fazer o exame, sendo reprovado 18 vezes.

Frank chegou ao local pouco antes das 13h. Os policiais encontraram com o rapaz um comprovante de inscrição. Ele faria mais uma prova na sala 711, no sétimo andar da instituição. O suspeito se formou na Unijorge em 2003 e, desde então, vinha estudando para conseguir a licença de advogado. No site Jus.com.br, existe uma monografia do suspeito, intitulada “O Direito e as cooperativas sociais”.

Informações preliminares dão conta de que o caso se trata de um fato isolado, sem conexões com terrorismo. De acordo com o comandante do BOPE, tenente coronel Paulo Coutinho, não foram encontrados artefatos explosivos ou armas de fogo com Frank. Após passar por atendimento médico, ele será encaminhado do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) onde será ouvido.

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“Tinha acabado de sentar na minha cadeira. Aí a galera começou a correr. Todo mundo correndo, correndo… Fechando a porta. Jogando a cadeira na porta. Todos se jogaram no chão, deitados. Todo mundo morrendo de medo”, disse outra.

A assessoria de imprensa da Unijorge informou que “não há reféns, vítimas ou feridos”. “Em relação ao incidente que paralisou a realização da primeira fase do exame da OAB, no prédio 1 do campus Paralela da Unijorge, a instituição confirma que o prédio foi evacuado e até o momento não há reféns, vítimas ou feridos”, declarou.

A OAB-BA divulgou uma nota oficial suspendendo o exame após um homem-bomba invadir a Unijorge. Segundo a ordem, a suspensão acontece “sem prejuízo aos demais locais de realização das provas”.

“A Coordenação Nacional do Exame de Ordem e a Fundação Getulio Vargas, no uso de suas atribuições, em face do caso fortuito ocorrido no município de Salvador/BA, que impossibilitou a continuidade da aplicação do XX Exame de Ordem Unificado, resolvem suspender a aplicação do Exame exclusivamente neste município, sem prejuízo aos demais locais de realização das provas. Demais decisões a serem deliberadas pelas diretorias da FGV e do CFOAB serão oportunamente comunicadas aos examinandos envolvidos”, informa a nota.

O advogado Luiz Viana Queiroz, vice-presidente da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), afirmou que vai apurar o caso. “Primeiro a gente precisa saber o que aconteceu e depois a gente vai tomar uma providência. O importante é que todos estão seguros, que todos vão para casa, o exame foi suspenso. Vamos fazer em outra data para que ninguém tenha prejuízo”, afirmou ao Varela Notícias.