Quando o poder chega nas mãos erradas, a autoestima eleva o ego e quem era amigo nos momentos difíceis, se não elogiar se torna inimigo. Essa tem sido a tônica do vereador e atual presidente da Câmara, Nildo Piropo (PT), que ao discordar de um texto jornalístico do Blog Local – Marcos Frahm-, resolveu esquecer tudo de quando ele era oposição ao grupo da atual prefeita e vivia utilizando do mesmo canal de comunicação para tentar crescer na política. Anos depois, Nildo mudou de lado, se alinhou a tudo que considerava ruim para as gestões de Jaguaquara, solucionou seus interesses políticos e agora é governista de olhos estranhos.
A ‘imaturidade’ do presidente da Câmara de atacar o sistema de comunicação mostra que ele segue longe de ter algumas condições de gerir uma prefeitura de tamanha responsabilidade, pois um perfil que ataca ex-amigos que um dia o segurou nas mãos em detrimento do momento, é um perigo ao desenvolvimento de qualquer município, principalmente para a liberdade de expressão. É preciso cultivar o Nildo Paz e Amor, e não o Nildo Malvadão.
Político, assessores e funcionários públicos que atacam, menosprezam e diminuem quem não concorde com suas posições, são de uma pequenez sem precedência.
O que aconteceu?
No jornalismo, se posicionar contra os poderes não é uma tarefa fácil, pois no Brasil os sistemas costumam-se se alinharem e em cidades de porte menor é ainda mais difícil.
No caso de Nildo, ele não gostou de uma opinião jornalística sobre um possível racha no grupo da atual prefeita Edione Agostinone (PT), que na política pode muito bem acontecer e, contudo, em Jaguaquara já ocorreram rachas históricos, como a dos ex-prefeitos Ademir e Giuliano Martinelli, considerados amigos de todas as horas, que durou minutos.
A de se lembrar que, Nildo também abandonou- “rachou” – com a oposição em Jaguaquara e se tornou aliado do sistema político local, mas isso não faz de sua história um político intocável as opiniões contrarias e de ele ser o assunto nos bastidores da política, é um assunto tão natural.
O que não pode é um líder, um presidente do Legislativo pegar ar por aparecer como opção nas eleições municipais, seja pelo governo municipal ou na própria oposição, no que parece ser a atitude dele um ‘certo’ medo de a prefeita Edione perder a confiança em seu nome e cortar as alianças políticas de prestigio na gestão. Nildo é o homem de confiança para sucessão municipal? Pelas atitudes, não; e não é pela gestora, é por ele.
No município de Jaguaquara, como dissemos anteriormente, o poder envaidece o ser humano e lidar com ele é um perigo. Nildo se acostumou a ser elogiado nos últimos anos, principalmente por ajudar os sistemas de comunicações locais (o que é algo muito natural e importante para todos os profissionais que precisam do reconhecimento, mas há os que não procuram por isso, e precisa ser respeitado). O
Nildo precisa lidar com o presente, mas se lembrar que ele tem passado na política e arquivos que o torna acusador do mesmo grupo que governa Jaguaquara, a defensor de primeira hora. O que mudou, foi o perfil jornalístico ou a posição política do vereador? O Nildo Malvadão antes de 2017; e o Nildo Paz e Amor, de lá pra cá.
Agora leia abaixo o conteúdo que fez o presidente da Câmara pegar ar:
O presidente da Câmara de Jaguaquara, o experiente vereador de cinco mandatos, Nildo Pirôpo, pegou ar, mesmo sem ter sido mencionado em matéria anterior do BMF sobre insatisfação da base governista da prefeita Edione Oliveira Agostinone na Câmara Municipal e classificou a matéria como mentirosa, negando plano de traição a mandatária, conforme os comentários de bastidores da política, que lhe apontam como um dos nomes à sucessão da prefeita, inclusive com possibilidade de formar chapa com o ex-prefeito Giuliano Martinelli, de quem se tornou aliado a partir de 2017, quando o então prefeito iniciou o seu segundo mandato e conquistou o apoio de Pirôpo na Câmara, que no mandato anterior do chefe do Executivo à época era o calcanhar de Aquiles da gestão, tendo cobrado na tribuna esclarecimentos sobre o que, ele, Nildo, chamava de suposto caixa dois na campanha de 2012, ocasião em que Giuliano foi eleito para o primeiro mandato apoiado pelo então prefeito Ademir Moreira, este que dizia ter sido traído por Pirôpo, que chegou a exercer o cargo de secretário de Finanças e depois de exonerado passou a ser crítico da gestão que ele fez parte.
Revoltado, em um vídeo publicado nas redes sociais neste sábado (28/06) Nildo prega fidelidade a prefeita, para ele, dizer que existe insatisfação da base com Edione é um desserviço, apesar dos comentários negativos que faz nos bastidores sobre uma possível candidatura a prefeito nas próximas eleições municipais do secretário de Saúde e sobrinho da prefeita, Emerson Di Lábio.
No vídeo, o vereador se explica sobre a tomada de decisões da prefeita sobre escolha de bandas para o São João e diz que cabe ao Ministério Público fiscalizar os gastos sobre o evento – órgão que o mesmo já recorreu por várias vezes para denunciar o que dizia ser prática de nepotismo em Jaguaquara, apresentando na Câmara em 2014 o projeto antinepotismo.