Geralmente contido nas palavras, o presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani, não poupou criticas ao time que saiu de campo derrotado para o Sport, no estádio Ilha do Retiro, em Recife, na noite deste domingo, 24. Após o fracasso, o dirigente tricolor foi duro ao comentar o desempenho do time que voltou para a zona de rebaixamento da Série A, na 17° colocação, com 32 pontos.
“O que aconteceu hoje (ontem) aqui em Recife foi uma vergonha. Um sentimento nosso, que é de pura decepção. A gente sabe as dificuldades que tivemos a partir dos erros na montagem de elenco, mas está muito longe de achar que o que vimos no segundo tempo hoje é deficiência técnica do time”, observou.
O presidente do Bahia ainda ressaltou a luta da equipe pernambucana, que mesmo tendo atuado na quinta-feira à noite, em São Paulo, foi mais aguerrida e demonstrou em campo o espirito necessário para a importância da partida. “Nosso adversário mostrou o que nós não fomos capazes de mostrar. Mais uma vez, nosso time se olha e vê um time completamente apático, que é o que o torcedor também vê”, frisou.
Bellintani ainda salientou a necessidade de compreensão por parte dos atletas sobre os possiveís impactos de um rebaixamento, não só para o futuro do clube, mas também para as carreiras individuais.
“Cada atleta desse, que está dentro de campo, sofrerá os impactos na sua carreira. Cada atleta que colabora e faz parte de um projeto mal sucedido no Campeonato Brasileiro leva isso para a vida inteira. É isso que devemos mostrar, de forma muito escancarada para cada atleta que veste a camisa do Bahia. Não é só um fracasso do Bahia, é um fracasso na carreira de cada um”, avaliou após o retorno do time ao Z-4.
Cobrança no vestiário
O cartola também citou o clima no vestiário após a partida e garantiu confiar no trabalho realizado, já visualizando uma retomada nos triunfos diante do Corinthians, próximo adversário do Tricolor, na quinta-feira, 28, em mais uma briga direta contra o rebaixamento.
“A apatia vista no segundo tempo não combina com o momento que estamos vivendo. Então, o trabalho agora, até quinta-feira, é fazer com que eles gerem autocritica e tenham visão que estão muito aquém do que realmente precisam estar para superar esse momento. Isso já começou no vestiário, em uma cobrança entre eles, muito forte, que eu não vi em outros momentos”, pontuou Bellintani. Atarde.