O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, declarou nesta terça-feira, 21, que o governo não tem poder para interferir no preço dos combustíveis. “Eu entendo que muitos dos senhores são cobrados pela população porque é difícil para a população entender por que o governo não interfere no preço dos combustíveis. Com toda a transparência, eu preciso ser claro: não é possível interferir no preço”, afirmou durante audiência pública na Câmara dos Deputados para tratar do assunto,
“Não está no controle do governo. E, honestamente, preço é uma decisão da empresa, não do governo. Além disso, nós temos marcos legais que impedem intervenções do governo na administração de uma empresa, mesmo o governo sendo o acionista majoritário”, acrescentou.
Ele disse ainda que o nome de Caio Paes de Andrade “satisfaz todos os critérios necessários para estar à frente” da Petrobras. “Eu respeito o presidente José Mauro, ex-presidente da Petrobras. Todo respeito a ele, ao CA [Conselho Administrativo], seus diretores. Mas tão logo eu assumi como ministro, achei por bem promover uma troca na empresa porque acredito que é o momento de aumentar a competição. Não há como ajudar o consumidor brasileiro com a estrutura atual”, avaliou.
José Mauro Coelho renunciou ontem ao cargo em meio a pressões dos presidentes da República, Jair Bolsonaro (PL), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tentar reduzir o preço dos combustíveis antes das eleições e diante também de uma possível CPI da Petrobras.